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Afastado da presidência desde dezembro por suspensão da Fifa, Marco Polo del Nero deve ser julgado na próxima semana pela corte internacional da entidade máxima do futebol. Indiciado por suspeitas de corrupção, o dirigente foi punido pelo Comitê de Ética da Fifa, por 90 dias, prazo que se encerra na próxima semana, dia 15.

Obrigado a deixar a presidência da CBF, que atualmente é ocupada pelo interino Antônio Carlos Nunes, ou Coronel Nunes, Marco Polo del Nero não assina nenhum ofício pelo grupo, mas ainda tem total poder de articulação. A sucessão do dirigente também é pauta na alta cúpula da CBF.

O atual mandato de Marco Polo del Nero se encerra em abril de 2019, mas as eleições podem ocorrer ainda neste mês. A CBF já atua para definir um sucessor e deve anunciar nos próximos dias a candidatura de Rogério Caboclo, atual diretor executivo da CBF. O grupo também trabalhou com o nome Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, mas o paulista corre atrás na disputa.

Mesmo que a CBF antecipe as eleições para este mês, a posse da nova diretoria só deve ocorrer no próximo ano, em abril, caso não haja uma condenação de Marco Polo del Nero, o que causaria uma antecipação para que o eleito assuma o cargo.

O temor dos aliados de Del Nero é que ele tenha o mesmo destino de José Maria Marin, acusado de receber propina no valor de 6 milhões de dólares e condenado por fraude bancária e lavagem de dinheiro, José Maria Marin está preso desde o dia 27 de maio de 2015, em evento da Fifa na cidade de Zurique, na Suíça. O dirigente cumpre pena nos Estados Unidos, onde está extraditado desde novembro do ano em que foi preso.