O ex-senador Demóstenes Torres afirma que há muito aguardava pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou provas existentes contra ele nas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), iniciadas em 2008 e 2010, respectivamente.

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Em entrevista exclusiva, concedida na tarde desta sexta-feira (28) ao repórter Rubens Salomão, da Rádio 730, o ex-parlamentar demonstrou satisfação com a decisão do colegiado do STF, que votou pela anulação por unanimidade nesta quinta (25).

“Muito esperada. Tardou, porque ainda existia um espírito de vingança contra mim, mas felizmente o STF, por unanimidade, jogou isso tudo no lixo. Não se conseguiu fazer qualquer espécie de prova contra mim”, afirma.

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No ano de 2012, Demóstenes Torres foi flagrado em conversas com o empresário Carlinhos Cachoeira, também investigado na Morte Carlo por exploração ilegal de jogos nos estados de Goiás e do Distrito Federal. O ministro Dias Toffoli decidiu por tornar nulas as escutas telefônicas envolvendo o ex-senador.

Demóstenes Torres não pode assumir cargo público até 31 de janeiro de 2023. O ex- parlamentar afirma que, pelo fato de um senador eleito assumir o posto apenas em 1º de fevereiro, já poderia disputar as eleições em 2022. O ex-Democrata afirma que vai lutar para recuperar o mandato no Senado.

“Claro que eu vou ao Supremo, agora que as provas foram invalidadas, buscar de volta o meu mandato e a possibilidade de me candidatar imediatamente”, pondera.

O estado de Goiás possui atualmente três representantes do Senado Federal. São eles: Lúcia Vânia (PSB), Ronaldo Caiado (DEM) e Wilder Morais (PP). Caso Demóstenes recupere o mandato, entrará no lugar do parlamentar do PP.

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