O Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Município de Goiânia, o professor Flávio Roberto de Castro, afirmou em entrevista à Sagres, na manhã desta quarta-feira (17/2), que a experiência deste ano do retorno às aulas presenciais é exitosa. Segundo ele, as medidas de segurança adotadas nas unidades têm surtido efeito para evitar a contaminação dentro do ambiente escolar.

A fala de Flávio é diferente da opinião da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego), Bia de Lima, que afirmou, também em entrevista à Sagres, que acha que este o pior momento para a volta dos alunos às salas de aula.

Parte das escolas retomaram as atividades presenciais no dia 18 janeiro e outras voltaram no dia 25 de janeiro. “A escola que vimos este ano é bem diferente. Temos um número reduzido de alunos e uma série de restrições. Não foi fácil a adaptação. A escola sempre foi acostumada a cumprir regras e ter disciplina. Claro que temos preocupação grande com auxiliares e professores e alunos. Foi necessário disponibilizar uma série de equipamentos e condutas. O trabalho aumentou muito E temos uma fiscalização muito grande por parte dos pais e até dos alunos. A experiência está sendo exitosa. Existem os riscos, mas temos caminhado bem”, ressaltou Flávio.

Ouça a entrevista na íntegra:

Com o limite de 30% da capacidade máxima de alunos por salada aula, Flávio afirmou que não houve, em Goiânia, casos de contaminação nas escolas. Mas houve situações de alunos e professores que testaram positivo. “Nós seguimos os protocolos e os casos pontuais não evoluíram para uma contaminação”.

REVEZAMENTO

Sobre a metodologia adotada nas escolas para conseguir levar o ensino a todos os estudantes matriculados, Flávio explicou que cada unidade, dependendo do ensino oferecido, aborda uma situação diferente.

“Em 2021, a procura pelas aulas presenciais foi maior do que no ano passado. Então, precisamos fazer um revezamento por semana. Basicamente, estamos conseguindo fazer uma semana um grupo, e na outra semana outro grupo. Outras escolas que tem condição melhor fizeram a opção de matricular só na quantidade que era estabelecida. Isso trouxe uma situação econômica complicada. A Educação Infantil não consegue fazer o ensino remoto. Na faixa etária de alunos de 0 a 6 anos, além do trabalho de ensino, temos a questão da presença que é importante e até para os pais que precisam trabalhar’, informou.