O jogo Atlético e Aparecidense nesta quarta-feira (17), às 16:10, no Estádio Antônio Accioly, válido pela semifinal do Campeonato Goiano 2020 está para a história. Será o primeiro com o VAR – árbitro de vídeo – na competição. O experiente árbitro André Luiz Castro, 46 anos, que não apitou nos últimos meses por causa de uma cirurgia no joelho, será o árbitro principal na tomada de decisões por vídeo.

“É um ganho para o futebol goiano, o uso desta ferramenta. Estou muito feliz e motivado com essa escala, pois entraremos na história do futebol goiano por ser a primeira equipe de arbitragem a trabalhar em um jogo com VAR no Campeonato Goiano”, comemorou André Luiz Castro, que trabalhou como VAR pela primeira vez na rodada de abertura do Campeonato Brasileiro de 2019, no jogo Corinthians e Bahia.

Além de André Luiz Castro, os árbitros Eduardo Tomaz e Rocha também estão na equipe do VAR. No campo, Elmo Rezende é quem apita. Na entrevista concedida no programa Toque de Primeira da última terça-feira (16), André deu detalhes de como é procedimento para a “calibragem” das câmeras, já que na última rodada do Brasileirão, o VAR não funcionou corretamente no jogo Vasco e Internacional.

“Trabalhei em todos os estádio do Brasil que tem VAR. Chegamos bem mais cedo e fazemos a calibragem das câmeras. Quando acontece de não funcionar, está na regra, vale a decisão de campo. Tem protocolo pra isso. Antes dos jogos, passam umas linhas pra que a câmera fique milimetricamente posicionada. Ela não erra. Nunca aconteceu em jogo meu. Quando acontece, é que as linhas somem. Temo que ter 100% de certeza”.

André Luiz Castro (Foto: Arquivo Pessoal)

André Luiz Castro também explicou que árbitros podem se dedicar exclusivamente ao VAR, pois a CBF – Confederação Brasileira de Futebol – já criou uma normas que privilegiam profissionais até 55 anos.

“Hoje já é norma. Por um algum motivo, um árbitro deixa o campo, então abre uma vaga e passa a ser árbitro de VAR da CBF até 55 anos. Até mesmo o árbitro de campo, cumprindo todos os protocolos, pode apitar até 55 anos”, completou André Luiz Castro, que questionado sobre o fato do outro jogo da semifinal do Goianão – Jaraguá e Goianésia – não contar com o VAR, preferiu enaltecer a equipe de arbitragem que estará em campo.

“A gente fica tranquilo, quando vê o Wilton Pereira Sampaio no apito. Vejo com tranquilidade. Lógico que se pudesse ter o VAR, seria uma tranquilidade as mais. A escala de arbitragem foi muito bem feita”, finalizou.