Um estudo publicado na revista “Science” na quinta-feira (14) mostra que ‘ilhas de floresta’ podem recuperar biodiversidade em monoculturas. O experimento feito numa plantação industrial de dendê na ilha de Sumatra, na Indonésia, apontou o surgimento de espécies nativas no ecossistema restaurado. A pesquisa foi conduzida por pesquisadores da Universidade de Göttingen (Alemanha) e da Universidade de Jambi (Indonésia). 

Em Sumatra, os cientistas plantaram 52 ilhas de árvores com diferentes quantidades de espécies nativas e com variação de nenhuma até seis espécies. O formato das ilhas ocupou áreas de 25 a 1600 metros quadrados. Seis anos depois, eles observaram que a plantação diversa  trouxe a regeneração de espécies com diferentes estratégias ecológicas.

Após os seis anos, o estudo identificou 2.788 novas plantas de 58 espécies e 28 famílias diferentes, sendo que as árvores apresentaram adaptação e sobrevivência às condições ambientais e resiliência às mudanças climáticas.

O brasileiro Gustavo Paterno, pesquisador na Universidade de Göttingen e autor principal do estudo, acredita que o Brasil ganhará muito ao adaptar o método da ilha de floresta. 

“Por exemplo, a abordagem poderia ser aplicada em plantações de eucalipto, que ocupam grandes áreas na Mata Atlântica, assim como em outras monoculturas importantes, como laranja, café, cana-de-açúcar, e soja”, disse.

*Com CicloVivo

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.

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