O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançaram no sábado (16), durante a COP 29, o estudo “Descarbonização da indústria – análise de experiências internacionais e recomendações para o Brasil”. É um levantamento que mapeia os desafios da descarbonização em outros países e deixa recomendações para as empresas brasileiras.

O estudo traz experiências em descarbonização da União Europeia, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos. Então, as recomendações são para empresas consumidoras energointensivas, ou seja, do ramo do aço, cimento, vidro, alumínio, papel e celulose, e químico.

De acordo com o levantamento, esses países possuem planos setoriais de descarbonização para a indústria. Além disso, formulam as estratégias por meio de políticas públicas, roteiros e planos de descarbonização robustos, o que está acelerando o processo de inovação tecnológica.

Os planos incluem a criação de clusters (organizações de um mesmo setor que colaboram entre si para alcançar resultados), pacotes de financiamento (incentivos diretos, indiretos e subsídios). Bem como políticas de precificação de carbono.

Recomendações

O estudo recomenda às empresas brasileiras o fortalecimento da Política Nacional de Descarbonização, com metas claras de redução de emissões e alinhamento com os objetivos de desenvolvimento sustentável e competitividade global.

Uma segunda recomendação são os incentivos fiscais para tecnologias de redução de emissões e eficiência energética. A terceira é a capacitação por meio do fomento à pesquisa e desenvolvimento e o investimento em tecnologias para a transição dos processos industriais de baixo carbono.

Recomendam ainda a cooperação internacional e a transferência de tecnologia através de parcerias internacionais. Mas também o alinhamento das iniciativas do governo federal e linhas de financiamento específicas para a transição de práticas industriais de baixo carbono. E, por último, que invistam em tecnologias limpas e infraestrutura sustentável.

Descarbonização industrial

Vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, vê no Brasil capacidade de liderar a descarbonização industrial no mundo. “Temos uma base energética limpa, recursos naturais estratégicos e capacidade industrial que nos posicionam como um país com grande vantagem competitiva para implementar uma transição verde robusta”, disse.

Alckmin lembrou que inovação e sustentabilidade são os pilares da Nova Indústria Brasil que, portanto, voltam o país para uma economia verde. Diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz afirmou que “o Brasil já se encontra na vanguarda da transição energética com elevada participação de fontes renováveis na matriz energética”.

“[O Brasil] segue em uma trajetória sustentável, ampliando e diversificando o uso dessas fontes limpas e renováveis. Temos muito a contribuir para a mitigação das mudanças climáticas do planeta, e este estudo, ao mapear os desafios setoriais, vai ajudar na identificação das ações que precisam ser tomadas para acelerar nossa transição para uma economia de baixo carbono”, afirmou.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.

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