O último mês do ano é marcado pela campanha Dezembro Laranja, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que visa alertar sobre os cuidados e o combate ao câncer de pele, inclusive em tempos de pandemia e isolamento social.
Só no Brasil, o câncer de pele corresponde a 27% de todos os tumores malignos.
Em entrevista ao Sagres em Tom Maior desta quarta-feira (2), o médico cirurgião dermatologista Luiz Fernando Fleury alerta não só para os cuidados com a exposição ao Sol, mas às luzes dentro de casa, que podem potencializar manchas já existentes no maior órgão do corpo humano.
“Envelhecimento e manchas, sim. A luz do computador e da casa podem estar relacionados a esses outros problemas de pele, mas não o câncer”, afirma.

Uma dessas manchas na pele é o melasma, quando há o surgimento de manchas escuras na pele, o que os especialistas chamam de hiperpigmentação.
Elas normalmente aparecem no rosto, mas pode ocorrer em outras áreas expostas ao sol, como braços e colo, por exemplo. É mais comum em mulheres entre os 20 e 50 anos, porém também pode afetar os homens. Quando surgem na gravidez, as manchas são chamadas de cloasma gravídico.

O médico Luiz Fernando Fleury alerta que as luzes em casa podem piorar o quadro de quem tem esse tipo de mancha.
“Algumas são mais dicíceis. Por exemplo, quem tem melasma. Não é que ele foi causado por essa luz, mas vai ser piorado por essa luz. É uma mancha chata, quem tem, sabe. É chata de ser tratada”, explica.
Para o câncer de pele, Fleury orienta que o melhor tratamento é o que começa com um diagnóstico precoce, que permite a cura.
“O câncer de pele é prevenível do ponto de vista de diagnóstico precoce. A pele é um órgão exposto, que você pode se autoexaminar, no espelho. É esse o alerta que a gente quer passar. Qualquer alteração de mudança de cor, de formato de uma pinta, de sangramento de uma lesão que estava ali e não sangrava, de aparecimento de uma lesão nova, procure um médico especialista para o diagnóstico precoce. A chance de cura é tão mais alta quanto mais cedo for o diagnóstico”, conclui.
Confira a entrevista na íntegra no STM #154