Três pessoas foram apresentadas na manhã desta segunda-feira (25) pela Polícia Civil (PC) na Delegacia de Investigação a Homicídios (DIH), em Goiânia.
O trio, que estava preso desde a última quarta-feira (20), é suspeito de ter planejado o assassinato do representante comercial Jucimar dos Santos Bezerra. O crime aconteceu em agosto de 2015, no Residencial Mansões Eldorado, região sudoeste da capital, e foi cometido por causa de um seguro de R$ 120 mil que a vítima tinha em seu nome.
Na operação Brasilis, cujo nome é em alusão ao sobrenome dos integrantes da família suspeita de articular o homicídio, foram presos o sobrinho da vítima e suspeito de efetuar os disparos João Marcos Brasil, de 20 anos, a esposa de Jucimar e autora intelectual do crime, Ana Cristina Brasil, de 36, e o irmão dela e pai do atirador, Nédio Brasil, de 44.
De acordo com o delegado adjunto da DIH, Rilmo Braga, a família se reunia e já vinha articulando a execução de Jucimar muito antes do crime, fator este determinante para que sejam punidos por associação criminosa. O delegado acrescenta também que parte do dinheiro do segurado já foi repassado ao executor.
“O valor total a ser recebido era de R$ 120 mil, de modo que o indivíduo Nédio ficou responsável pelo convencimento de seu filho a executá-lo. Ele receberia o valor de R$ 20 mil. Já consta nos autos elementos informativos robustos dando conta que eles já receberam R$ 30 mil, e R$ 5 mil desse valor já foi repassado ao executor João Marcos”, relata.
O crime, segundo relatos dos responsáveis à polícia, teria sido cometido por João Marcos, que convenceu Jucimar a ir, de moto, até uma oficina para consertar o veículo, que estaria supostamente estragado.
“No caminho, ele (João Marcos) simulou que o veículo estava estragado e pediu ao tio (Jucimar) que descesse para empurrar a motocicleta. O tio deu uns três ou quatro passos para trás, e quando veio em direção à moto para empurrá-la, o sobrinho efetuou três disparos de arma calibre 380 em seu peito”, destaca.
Apesar de ter sofrido os tiros, a vítima ainda chegou a ser socorrida, e informou aos policiais militares que o autor dos disparos foi o próprio sobrinho. Segundo o delegado, esse foi o principal ponto de partida das investigações. João Marcos afirma ter matado o tio, mas nega a participação da tia e do pai no crime.
“Esse crime aí que ‘tá’ me acusando aí não procede, não. Eu já assumi que fui eu e meu pai não tem nada a ver com isso, ‘tá’ fazendo uma injustiça com meu pai e com minha tia”, afirma João Marcos.
Segundo Rilmo Braga, os três envolvidos serão indiciados por crime de homicídio e associação criminosa.
Com informações do repórter Jerônimo Junio