A cidade parou na quinta-feira passada e o fato é que retoma a normalidade apenas na manhã desta terça-feira. O Brasil que trabalha continuou trabalhando, mas a parte do País que transpira depende dos cultuadores da preguiça. Para exercer suas atividades, a iniciativa privada precisa das repartições públicas, pois a burocracia a aprisiona. E o Brasil que trabalha não pode contar com os barnabés, porque estão sempre de férias, licença médica, no horário de almoço, de licença-prêmio, na semaninha ou simplesmente são fantasmas. Assim, o Brasil que trabalha é extorquido, pois a maior carga tributária do mundo serve exatamente para sustentar a máquina pública.
Nos últimos cinco dias, o povo não parou de trabalhar e a máquina não parou de gastar. Claro que há exceções, como os servidores da Saúde e 30% dos policiais. O restante precisa entrar em sintonia com o Brasil, pois vive numa ilha de gastança desenfreada. E torram tanto dinheiro que conseguem evaporar o suor de 200 milhões de pessoas. Só se vê suor dos burocratas quando eles estão na praia ou em cima de barco, pescando, usufruindo das verbas.
O governador Marconi Perillo vai extinguir 3 mil e 300 cargos. Merece todos os aplausos e uma ressalva: o limpa é pequeno. Poderia acabar até com cargos efetivos, exonerar servidores de carreira. A própria Constituição da República favorece os cortes, pois um dos princípios da administração pública é justamente a eficiência. Se houver uma parcela de 10% de servidores eficientes será uma grande vitória da sociedade. Os outros 90% podem e dever ser exonerados, o que será bom inclusive para eles.
Servidores sabem que há vida fora dos gabinetes e eles vão competir num mercado que está aberto a ideias, a esforços, a resultado. Será uma equação perfeita: menos servidores gastando, menos impostos, menor máquina pública. Quem sair da folha de pagamento do Estado vai ser bem recebido na iniciativa particular. Goiás precisa de exonerações como as empresas privadas necessitam de empregados.
Quando estiverem no time do Brasil que trabalha, os ex-servidores vão admitir quanto um feriadão prejudica o País.