A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO) defendeu, junto à prefeitura de Goiânia, a liberação do comércio varejista na capital dentro do escalonamento proposto pelo Paço Municipal.

Em entrevista para o Sinal Aberto deste sábado (27), o presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro, afirmou que aguardará o decreto do governador Ronaldo Caiado a respeito do escalonamento, mas que o comércio deveria abrir, pois conseguir fazer sua parte.

“A gente percebeu, neste período de um ano, que quem não conseguiu fazer o dever foi o poder público. Porque você vê que a fiscalização ainda é pequena, pessoas fazendo festinha, a questão do transporte deu uma melhorada essa semana, mas a gente vê que eles passaram um ano e não conseguiram”, declarou.

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Sobre o escalonamento, Valdir afirmou que pode ser uma opção e que isso foi negociado com os gestores. “Diminuiria o fluxo de pessoas em vários lugares, já saberia em qual região estaria funcionando, facilitaria a fiscalização porque, naquela região que não puder funcionar, é mais fácil o pessoal passar fiscalizando e ver se tem alguém descumprindo” disse o presidente da federação.

Para ter a aprovação do governador, Valdir garante que irão manter as medidas protetivas em relação à covid-19.

“A questão são horários diferenciados também, locais, no caso regiões diferenciadas, que um segmento começa em um horário e os demais começam em outro. Ter oportunidade, assim, com a redução dos funcionários, então são várias alternativas que foram propostas. Porque assim a pessoa pode manter, às vezes, parte do estabelecimento, receber e fazer algumas vendas”, ressaltou o presidente, que também destacou a necessidade da fiscalização e o bom senso de todos.

Questionado sobre o apoio oferecido pela prefeitura ou estado, Valdir disse que os créditos ajudam, mas não é o suficiente para as pessoas pagarem as dívidas.

“O governo do estado lançou um pacote de medidas e disponibilizou um valor em reais para as empresas, para pequenas empresas. A maior dificuldade é a seguinte, os créditos vêm, ajuda? Ajuda. Mas não é o necessário, o necessário é que as pessoas tenham condição de trabalhar”. Além disso, comentou que as pessoas que pegaram os créditos no ano passado se endividaram e, por essa razão, a FCDL-GO propôs ao governo que suspendesse a cobrança durante a pandemia e que as conversas continuem em aberto com a prefeitura.

Ananda Leonel é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com IPHAC e a Faculdade UniAraguaia, sob supervisão do jornalista Denys de Freitas.