O presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie Waldivino da Silva voltou a dizer nesta segunda-feira (3) que haverá protestos por por causa da não liberação da sexta-feira para o funcionamento da feira.

“O pessoal está muito indignado. A decisão não agradou a feira. O pessoal vai fazer protesto. O pessoal tá muito revoltado, não agradou. A gente vai voltar [no sábado e domingo] mas o protestos vão continuar”, afirma.

Uma reunião do comitê de crise na manhã desta segunda-feira (3) no Paço Municipal, com a participação da Associação, decidiu que a Feira Hippie só poderá funcionar aos sábados e domingos. Segundo presidente, os protestos irão acontecer na sexta-feira (7) na Rua 44. “Vai acontecer no trânsito, na 44. Eu não dou conta de conter”.

Desde o início das obras de revitalização da Praça do Trabalhador, que têm previsão de conclusão apenas em outubro, a Feira Hippie vinha funcionando, por liberalidade do poder público municipal, também às sextas-feiras, no espaço entre a praça da estação ferroviária e o terminal rodoviário.

Com o início da pandemia, as atividades foram paralisadas. Após a retomada, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec) definiu que a Feira Hippie só funcione aos sábados e domingos, como é por lei, para evitar aglomeração na Região da 44.

De acordo com o prefeito Iris Rezende, o espaço público possui outras finalidades, e não pode servir apenas como espaço para realização de feiras, mas não descartou que a Feira Hippie possa, futuramente, ocorrer na sexta-feira.

“Tudo tem que ter o seu dia, o seu horário e o seu local. A administração pública existe justamente para colocar ordem no comportamento e na ação da sociedade. Se amanhã entendermos que não traz nenhum prejuízo a feira na sexta, vamos fazer”, conclui.

Segundo o protocolo de saúde, as bancas na feira precisam estar distantes 2 metros umas das outras, e com apenas 50% da capacidade. Waldivino da Silva diz que os feirantes adotarão outras medidas para evitar a disseminação do vírus.

“Nós vamos colocar um plástico transparente, cristal, porque da forma que eles pediram a Feira Hippie não tem condição de fazer nesse primeiro momento. Mesmo se for só metade, são quase mil pessoas. Não é uma feirinha de 300 pessoas”, argumenta.