O secretário municipal de trânsito de Goiânia, Felisberto Tavares, concedeu nesta segunda-feira (06), entrevista exclusiva à rádio 730. Em pauta, os problemas referentes à sinalização de trânsito da capital.

Um dos assuntos mais polêmicos referentes ao trânsito é a redução dos limites de velocidade nas vias, especialmente na Zona 40. Recentemente, o presidente da Câmara dos Vereadores de Goiânia, Andrey Azeredo (PMDB), defendeu a redução e argumentou que nenhuma morte foi registrada por acidente de trânsito na região central desde a implantação da Zona 40, há um ano.

Entretanto, Felisberto Tavares discorda. “Não tem nenhum dado lá que ele apresentou que seja robusto. Eu acredito que sim, são estatísticas falsas. A estatística é crença porque acidente sem vítima a SMT não vai no local mais. Esses acidentes não são compilados a ponto de dar veracidade aos fatos.”

Ainda de acordo com o secretário, atualmente o departamento que deveria arquivar e analisar os dados de responsabilidade da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), não está funcionando como deveria. “Eu não vou questionar informação dele, mas cadê essas informações no departamento de estatística da SMT? O departamento lá está totalmente destruído, sem funcionários.”

Em relação ao problema da sincronização dos semáforos, Felisberto Tavares disse que o dilema será resolvido em breve e apontou os pontos fortes e fracos do projeto cicloviário de Goiânia. “A solução é discutir com todos os envolvidos, sem desprezar os comerciantes para ver o que agregar mais. Eu acho, por exemplo, que aquela intervenção na T-63 foi infeliz.” assevera

Confira a entrevista na íntegra:

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A reportagem da Rádio 730 entrou em contato com a assessoria do ex-secretário e atual presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo, e foi informada que ele não pretende polemizar a respeito do assunto. No entanto, a assessoria informa que há dados que mostram o fim das mortes por acidentes no centro de Goiânia.

Confira os dados a seguir:

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A assessoria lembra ainda que a zona 40 começou em novembro de 2015 sem, contudo, multar e que a fiscalização começou no dia 31 de março. Então, segundo a assessoria, de novembro de 2015 a 31 março de 2016 não acorreram mortes nos locais da zona 40.