O presidente da Federação Goiana dos Municípios, o prefeito de Porteirão, José de Souza Cunha, defendeu à Sagres 730 nesta terça-feira (9) que as eleições municipais sejam unificadas às eleições de 2022 devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). “Não é que os prefeitos queriam ficar no poder eternamente, mas a saída mais segura seria realmente a prorrogação de mandato, porque vai ter um tempo de ter uma vacina”, disse.

Além disso, José de Souza Cunha defendeu que prorrogar mandato unificando em eleições gerais, possibilitaria um conjunto de situações que organizaria o processo eleitoral no País. “Quanto de dinheiro do fundo eleitoral poderia ser utilizado para combater pandemia? Quanto de dinheiro se economizaria no país se você tivesse unificação de eleições?”, questionou. “Teria um julgamento dos gastos públicos, teria uma democracia mais aprimorada”.

A preocupação com a indefinição em relação à data das eleições municipais de 2020 por causa da pandemia motivou uma reunião entre Federação Goiana de Municípios (FGM), Associação Goiana de Municípios (AGM) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) com a bancada federal de deputados e senadores.

A manutenção das eleições para Outubro de 2020, Eleições Gerais em 2022, ou o adiamento para novembro, dezembro deste ano ou até mesmo em março de 2021 são as três possibilidades mais cotadas. “São situações que devem ser consideradas, vivemos um momento diferente no país em relação à pandemia. […] A posição que é mais importante é aquela que tem mais seguridade no momento que o país vive”.

De acordo com José de Souza Cunha, as situações que devem ser avaliadas com o avanço da pandemia do país. Caso a prorrogação não seja aceita, o presidente da FGM sugere que aconteça em outubro, com todos os cuidados de prevenção contra o novo coronavírus. “Caso decida adiar as eleições que colocasse a opção de outubro, não jogar para novembro e dezembro porque é fechamento de mandato”, afirmou.

Ontem, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e o vice-presidente da Corte, Luiz Edson Fachin, se reuniram com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir a realização das eleições municipais.

Barroso afirmou aos parlamentares que há um consenso médico sobre a necessidade do adiamento por algumas semanas – primeiro turno entre a segunda quinzena de novembro e o começo de dezembro. As datas do pleito serão definidas pelo Congresso, uma vez que o dia da eleição está previsto na Constituição – primeiro domingo de outubro –, e, para alterá-lo, é necessária emenda constitucional.

Para o presidente da FGM, não há garantia de como estará a situação sanitária do país nos próximos meses, se estará no pico da pandemia ou se a curva estará achatada. “A dificuldade é que não temos garantia, porque essas análises são dos números de hoje. São decisões importantes, é o processo democrático”.