A preocupação com a indefinição em relação à data das eleições municipais de 2020 por causa da pandemia motivou uma reunião na tarde desta segunda-feira (8) entre Federação Goiana de Municípios (FGM), Associação Goiana de Municípios (AGM) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) na tarde desta com a bancada federal de deputados e senadores.

Atualmente, as discussões em torno do pleito para a escolha de prefeitos e vereadores caminham em três possibilidades: a manutenção das eleições para Outubro de 2020, Eleições Gerais em 2022, ou o adiamento para novembro, dezembro deste ano ou até mesmo em março de 2021. As convenções partidárias, por exemplo, nas quais são definidos os candidatos, já foram autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ocorrerem entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, somente de forma virtual, por causa da Covid-19.

Mais de 100 prefeitos participaram da reunião. A FGM, AGM e CNM apresentaram aos parlamentares o ponto de vista de movimento municipalista, que é a unificação das eleições para 2022, devido ao panorama de incertezas causado pela pandemia do Covid 19. Em caso de rejeição da proposta por parte do Congresso Nacional, as entidades municipalistas e os prefeitos defendem a manutenção do pleito em outubro desse ano.

O presidente da FGM e prefeito de Porteirão, José de Sousa Cunha, ressaltou a necessidade de uma solução para as eleições municipais. “O que pedimos é que se tenha uma definição o mais rápido possível sobre o pleito eleitoral, dando a segurança a quem está encerrando o mandato e aos que vão a reeleição”.

Cunha destacou ainda que dados científicos sobre a pandemia confirmam que eleição em 2020 é praticamente impossível. À Sagres na semana passada, o pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz e coordenador do Info Gripe, Marcelo Gomes afirmou não ser possível calcular o pico da pandemia do novo coronavírus no Brasil, apontando que a flexibilização das medidas de isolamento social alteram o cenário da doença.

Nas próximas eleições municipais, 64 prefeitos que podem disputar a reeleição integram o grupo de risco da Covid-19. O presidente da FGM diz que a pandemia prejudica o jogo democrático por impedir a realização das campanhas, em razão da existência de aglomerações nos eventos e compromissos dos candidatos.

“Estamos encaminhando a todos os parlamentares e a sociedade cível, um documento com dados técnicos e científicos mostrando a impossibilidade de realizar a ação que mais representa a democracia, que é a eleição”.

Participaram da reunião os senadores Luiz do Carmo (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD), e os deputados federais Flávia Moraes (PDT), Francisco Júnior (PSD), Glaustin da Fokus (PSC), Professor Alcides (PP), Lucas Virgílio (SD), Célio Silveira (PSDB), João Campos (Republicanos), Zé Mario Schineider (DEM), Zacharias Kalil (DEM), José Nelto (Podemos), Adriano do Baldy (PP) e Alcides Rodrigues (PRP).