A 24ª Edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), na Cidade de Goiás, iniciou na noite desta terça-feira (13) com homenagens. O filme “Mãri Hi – A Árvore do Sonho”, do cineasta Yanomami Morzaniel Ɨramari, foi a escolha para abrir a noite de abertura do Festival. Clique aqui para conferir a programação completa

Representando a categoria ‘Filmes para adiar o fim do mundo’, o longa retrata a vida do povo Yanomami e dá ao público a sensação de estar presente. O cineasta, que não participou da cerimônia, encaminhou um breve vídeo ressaltando a importância da resistência do povo Yanomami e a luta pela permanência em sua terra.

Além disso, o Fica 2023 rendeu homenagens ao indigenista brasileiro Bruno Pereira e ao jornalista britânico Dom Phillips. Ambos foram vítimas de assassinato no dia 5 de junho de 2022. A dupla viajava pelo Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas. Trata-se do segundo maior território indígena do Brasil.

Além de Bruno e Dom, Divino Sobral, viúvo do artista plástico e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Carlos Sena, também recebeu homenagens. Sena, contudo, esteve presente na abertura. A escultura “São Pedro Atendei às Nossas Preces” foi escolhida para ilustrar a identidade visual do Festival.

Fica 2023: cerimônia de abertura da 24ª edição do Festival ocorreu na terça-feira (13), no Teatro São Joaquim, na Cidade de Goiás (Foto: Secom/Governo de Goiás)

Reconhecimento

A reitora da UFG, Angelita Pereira, salientou a importância das homenagens feitas no Festival, bem como o resgate das memórias.

“O Festival produz muita alegria, embora tenha uma pauta pesada com alta denúncia. Um festival que defende a vida. Quando homenageamos pessoas tão importantes nossa humanidade fica um pouco mais sensível e um pouco mais preparada para enfrentar as adversidades”, afirma Angelita.

A secretária de Cultura do Estado, Yara Nunes, porém, representou o governador Ronaldo Caiado na cerimônia de abertura do Festival. Ela destacou a importância de eventos como o Fica para os trabalhadores da cultura e das artes.

“Podem continuar contando conosco, estamos sempre abertos ao diálogo para que possamos investir da melhor forma possível e realizar políticas públicas efetivas”, disse.

Yara ressaltou ainda a importância da parceria com a UFG na realização do Festival. “A universidade traz um caráter mais técnico, mais científico para esses festivais. Celebrar é muito bom, mas fazer política pública efetiva é muito melhor. Com a expertise da UFG, junto ao Instituto Federal de Goiás e a Universidade Estadual de Goiás, conseguimos elaborar políticas que vão ficar e fazer a diferença”, concluiu.

A reitora da UFG, Angelita Pereira, na cerimônia de abertura do Festival (Foto: Secom/Governo de Goiás)

Ademais, também estiveram na abertura do Festival o prefeito da Cidade de Goiás, Aderson Gouvea; Andréa Vulcanis, secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Deryk Santana, diretor de Políticas Para os Trabalhadores da Cultura do Ministério da Cultura; Luana Ribeiro, coordenadora de cultura na UFG; e Pedro Wilson, superintendente estadual do Iphan.

Sobre o Festival

A 24ª edição do Fica, entretanto, vai até domingo (18). Nesse sentido, promovido pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com correalização da UFG, por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa (FRTVE), o Festival também conta com a parceria da Secretaria de Estado da Retomada, Goiás Social, Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG), Serviço Social do Comércio (Sesc), Prefeitura da Cidade de Goiás e Saneago.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 10 – Redução das desigualdades; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

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