Um aplicativo capaz de ensinar programação durante o uso do transporte público. Essa ferramenta inovadora, que ajuda na mobilidade urbana, deu à equipe ItaJus – formada por alunos do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) José Pereira de Faria, de Itapuranga, e do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Maria Tereza Garcia Neta Bento, de Jussara – o 1º lugar no Hackathon Low Code – maratona tecnológica, realizada durante a Campus Party Goiás 2023.

A ação envolveu alunos da rede pública estadual de Educação e das Escolas do Futuro de Goiás (EFG). Professores também participaram do desafio para criar soluções com o tema “Mobilidade Urbana e o Cidadão Conectado”. Foram utilizadas técnicas e conhecimentos aprendidos durante o BootCamp Low Code.

“Basicamente a gente pensou em unir Educação, voltada para a tecnologia, e a mobilidade urbana. A ideia é que, enquanto as pessoas estão esperando pelo transporte público, elas pudessem aprender sobre programação, diminuindo ou amenizando a falta de profissionais da área de tecnologia no Brasil atualmente”, explica João Antônio Alves Ferreira, estudante do CEPMG Maria Tereza Garcia Neta Bento e um dos integrantes da equipe ItaJus.

Premiados

Além da solução sobre mobilidade criada pelos estudantes de Jussara e Itapuranga, foram premiados o aplicativo CISP (Centro de Informações de Serviços Públicos), criado por alunos do Cepi Ary Ribeiro Valadão Filho, de Itaguaru, e da EFG Sarah Luísa Lemos Kubitschek, de Santo Antônio do Descoberto; e o app AMO (Aplicativo de Matrículas On-line), desenvolvido pelos alunos do Cepi Dom Eric James Deitchman, de Mineiros, e do Cepi Padre Trindade, de Anápolis.

Cada um dos membros das equipes vencedoras recebeu um computador recondicionado pelo programa Sukatech. Além disso, cada aluno e professor premiado irá receber uma bolsa de iniciação científica disponibilizada pelo Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Balanço

Para a diretora pedagógica da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO), Márcia Rocha, as ideias desenvolvidas pelos estudantes nessa edição do Hackathon Low Code demonstram a capacidade dos estudantes em enxergar soluções para problemas cotidianos.

“Os estudantes mostraram o nível de sensibilidade que eles possuem para problemas da vida cotidiana, problemas sociais e trouxeram para a gente um conjunto de ferramentas possíveis inclusive para a gestão. Isso foi muito bacana!”, ressalta a diretora pedagógica.

Já para Mychelly Ferreira, gerente de Educação Profissional e Tecnológica da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti/GO), os resultados dessa maratona vão muito além da simples premiação.

“Nós tivemos aplicativos, protótipos de aplicativos interessantes e que tornaram a disputa muito acirrada. O que eu espero que as pessoas fiquem como legado desse processo é o conhecimento. São as experiências que tiveram ao longo desses dias aqui. Isso é mais importante do que qualquer premiação e é algo que vão levar pelo resto da vida”, conclui Mychelly Ferreira.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 4 – Educação de Qualidade.

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