A cidade verá desfilarem os 40 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública e o fato é só desfile, tem o valor de um risco n’água. A Força Nacional é um blefe, é coisa nenhuma, é muito menos que nada vezes nada. Essa tropa esteve nas cidades goianas do Entorno do Distrito Federal e conseguiu apenas torrar dinheiro público em grandes quantidades em resultado algum. Lá, eles fizeram a chamada prevenção e nada preveniram. Em Goiânia, vão cuidar de investigação e a chance de fracasso é maior ainda. Não que sejam todos incompetentes, mas porque são apenas 40 e Goiás precisa de 4 mil. Vão ficar aqui durante uns dias, fazer a farra de sempre e Goiás precisa de força, não de reforço.
{mp3}stories/audio/2013/JULHO/A_CIDADE_E_O_FATO_-_05_07{/mp3}
São 40 sujeitos, recebendo salários e diárias que dariam para comprar os equipamentos de que a Polícia Técnico-Científica depende para… exatamente descobrir autores de crimes. Se a Força Nacional precisar de modernidade, vai ter de esfaquear o próprio orçamento em mais alguns milhões, porque a segurança pública de Goiás só tem uma tecnologia de ponta, é a tecnologia de ponta do pé. A força estadual de segurança está em frangalhos e não serão 40 pessoas que vão elucidar 3 mil crimes. Aliás, 3 mil crimes formam uma pequena parte dos processos.
Trazer a Força Nacional é mais que uma inutilidade, é um tiro no pé, é andar para trás. Além de dinheiro, um objeto raríssimo na segurança pública de Goiás, será gasta a esperança do povo. Sem se falar nos outros crimes, há 12 mil homicídios recentes não resolvidos. Doze mil assassinatos impunes. Doze mil só os recentes. Se todas essas pessoas estivessem vivas e formassem uma cidade, seria um município mais populoso que outros 171. Epa! 171 é exatamente o código do que está ocorrendo. Trazer Força Nacional para investigar é um estelionato aplicado na vontade popular.
Todos os itens da segurança pública de Goiás estão aos cacos. Todos. Os bombeiros viraram motoristas de ambulância. A Polícia Civil não acha nem pequi nem arroz. Treze mil PMs levam um baile de 2 mil bandidos. E Polícia Técnico-Científica é o nome técnico e científico de um sucatão. Claro que as forças de segurança não vivem esse momento delicado porque querem. Estão assim porque os seguidos governos, inclusive o federal, têm outras prioridades para investimento.
Portanto, as recentes decisões de Marconi Perillo, de dividir a pasta da segurança e se ajoelhar para a Força Nacional, apenas pioram a violência. Agora, a violência foi contra a moral dos agentes. Ainda está em tempo de corrigir. Tem de agradecer a gentileza e devolver os 40 do forte de cópia bacana e esquecer essa bobagem de Secretaria de Justiça, criada apenas para inchar a já obesa folha. A menos que a intenção do governador seja mesmo aplicar o 171 no sonho do povo goiano de ter tranquilidade com seus bens, inclusive os bens maiores, a família e a vida.