O programa Fraternidade em Ação desta semana repercute os assuntos que remetem à reflexão sobre o mundo, a vida e a paz de espírito.

O dominical vai ao ar às 9h DA MANHÃ, após o Raiz Brasileira com Justino Guedes, e tem a apresentação de Sebastião Ribeiro, Monica Fernanda, Jonathas Procópio e William Batista.

Edição e montagem: Roberval Silva ( voluntários).

Ouça o Fraternidade em Ação:

Confira o tema do programa desta semana.

Um oferecimento do Centro Espírita Caridade O Caminho.

CAMPANHA EM DEFESA DA VIDA MADRE TERESA DE CALCUTÁ – ABORTO NÃO

Plantão de respostas — Emmanuel — Entrevistas
Espírito Emmanuel
Médium Chico Xavier
Lição 1

Aborto

Pergunta: Gostaria de saber para onde vão os Espíritos que não chegaram a nascer, como no aborto. E eles serão sofredores ou se libertam de sua missão no mundo — transferindo para os que não os desejaram?

Resposta: A situação do Espírito que passa por um aborto dependerá em muito de suas condições mentais e das conquistas que já conseguiu ao longo dos séculos.

Há Espíritos que desencarnam em estado de grande revolta. Nesses casos, imbuídos da ideia de vingança, esses Espíritos recusam-se a toda espécie de auxílio dos Benfeitores Espirituais para obsediarem as mães, pais ou profissionais que concorreram para seu desencarne. Outros, porém, apesar da situação dolorosa por que passaram, retornam às colônias espirituais onde se submetem a tratamentos intensivos e trabalhosos a fim de lograrem novamente o equilíbrio e aguardarem nova oportunidade de reencarne. Entretanto, não devemos nos esquecer que em cada dia refazemos nossos destinos e por mais que tenhamos cometido faltas, o Evangelho do Cristo se desdobra diante de nós com suas imensas possibilidades de redenção.

Caderno de mensagens — Autores diversos
Espírito Maria Dolores
Médium Chico Xavier
Lição 35

Agradeço

Agradeço, Mãezinha, tudo o que me ofertas,
Desde o sono do berço e as canções de ninar,
Aos problemas da vida ante as horas incertas,
Entre as provas do mundo e as carícias do lar.

Agradeço-te as as mãos, a zelarem por tudo,
Nos recursos do pão, ao sol de cada dia,
E no amparo da veste a servir-me de escudo
A fim de que eu vencesse o vento e a noite fria.

Agradeço a oração, com que me deste à infância
O respeito à existência e a fé que me avigora,
Terna visão do Céu que relembro à distância,
No trabalho constante em que me vejo agora.

Agradeço-te, oh! Mãe, a proteção e a escola
Do teu mundo de amor que até hoje me alcança…
Melodia interior que me anima e consola,
Refazendo-me o ser no clima da esperança.

Agradeço o silêncio e o carinho incessantes
Com que buscas não ver meus enormes deslizes
E o teu claro perdão de todos os instantes
Quando o erro me aponta as horas infelizes.

Mas acima dos dons de tanto reconforto,
Trago-te em luz mais alta, a flor da gratidão,
Porque não me atiraste ao desprezo do aborto
E guardaste-me em Deus no próprio coração.

Vida e sexo —
Espírito Emmanuel
Médium Chico Xavier
Lição 17

Aborto

P. — Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestação?
R. — Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.
Questão n.° 358 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Falamos naturalmente acerca de relações internacionais, sociais, públicas, comerciais, clareando as obrigações que elas envolvem; no entanto, muito frequentemente marginalizamos as relações sexuais — aquelas em que se fundamentam quase todas as estruturas da ação comunitária.

Esquece-se, habitualmente, de que o homem e a mulher, via de regra, experimentam instintivo horror à solidão e que, à vista disso, a comunhão sexual reclama segurança e duração para que se mostre assente nas garantias necessárias.

Impraticável, sem dúvida, impor a continuidade da ligação entre duas criaturas, a preço de violência; no entanto, à face das contingências e contratempos pelos quais o carro da união esponsalícia deve passar pelas estradas do mundo, as leis da vida, muito sabiamente, estabelecem nos filhos os elos da comunhão entre os cônjuges, atribuindo-lhes a função de fixadores da organização familiar; com a colaboração deles, os deveres do companheiro e da companheira, no campo da assistência recíproca, se revelam mais claramente perceptíveis e o lar se alteia por escola de aperfeiçoamento e de evolução, em marcha para a aquisição de mais amplos valores do espírito, no Mundo Maior.

De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.

É pela conjunção sexual entre o homem e a mulher que a Humanidade se perpetua no planeta; em virtude disso, entre pais e filhos residem os mecanismos da sobrevivência humana, quanto à forma física, na face do orbe.

Fácil entender que é assim justamente que nós, os Espíritos eternos, atendendo aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos, aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do amor — do amor que nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.

Com semelhantes notas, objetivamos tão só destacar a expressão calamitosa do aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever.

Habitualmente — nunca sempre — somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo, com o apoio de arquitetos e técnicos distintos.

Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria.

Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência.

Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e de auxílio, fazem-se hoje — e isso ocorre bastas vezes, em todas as comunidades da Terra — inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação.

Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões.