O programa Fraternidade em Ação desta semana repercute os assuntos que remetem à reflexão sobre o mundo, a vida e a paz de espírito.

O dominical vai ao ar às 9h DA MANHÃ, após o Raiz Brasileira com Justino Guedes, e tem a apresentação de Sebastião Ribeiro, Monica Fernanda, Jonathas Procópio, Zé Antônio e William Batista. Edição e montagem: Roberval Silva (voluntários).

Um oferecimento do Centro Espírita Caridade O Caminho.

Confira o tema do programa desta semana.

SEXO E EDUCAÇÃO

Ouça o programa em formato de podcast:

Ouça “Fraternidade em Ação #189: Educação do sexo – parte 1” no Spreaker. Ouça “Fraternidade em Ação #189: Educação do sexo – parte 2” no Spreaker.

CONFLITOS PSICOLÓGICOS

Página de Chico Xavier ditada pelo Espírito Emmanuel. Livro: Na Era do Espírito. Lição nº 25. Página 144.

Tão fácil julgar os conflitos sentimentais que surjam nos outros!…

Habitualmente, a opinião pública na Terra quase que até agora, em assuntos de sexo, se restringia a entender e aprovar os que se davam ao casamento e a estranhar ou reprovar os que se mantinham em celibato.

A evolução, no entanto, descortinou as ciências psicológicas da atualidade e as ciências psicológicas empreenderam o estudo das complexidades da alma, quase a lhe operarem o desnudamento. E os problemas do sexo vão sobrando em escala crescente.

Casados e solteiros, jovens e adultos, quando em lutas emocionais apresentam distúrbios afetivos e impulsos ambivalentes, insatisfação e carência de ordem sentimental, dificuldades através de condições inversivas e fenômenos diversos da bissexualidade.

Sempre valiosa a contribuição da psicologia em socorro de quantos se identificam no mundo em situação paranormal, nos domínios do afeto, particularmente quando ensina aos pacientes a conquista da auto aceitação.

Entretanto, sem os princípios reencarnacionistas, definindo a posição de cada espírito segundo as leis de causa e efeito, qualquer tipo de assistência às vítimas de desajustes psicológicos resultará incompleto. Nesse sentido é preciso recordar que todas as lesões afetivas que tenhamos imposto a alguém repercutem sobre nós, criando lesões consequentes e análogas em nosso campo espiritual:

esse terá traumatizado almas queridas com os assaltos da ingratidão e se corporificou de novo no plano terrestre suportando os chamados desequilíbrios congênitos;

  •  Aquele provavelmente haverá precipitado corações sensíveis em despenhadeiros do sentimento e renasceu carregando frustrações sexuais irreversíveis para todo o curso da própria existência;
  •  Outro perseguiu criaturas irmãs do sexo oposto, mergulhando-as em desespero e delinquência e terá voltado à terra em condições inversivas;
  • Outros terão solicitado a própria internação em celas morfológicas de formação contrária aos seus impulsos mais íntimos, de modo a se isolarem transitoriamente para o desempenho de tarefas determinadas e nem sempre toleram as provas e empeços da própria escolha;
  • E outros muitos ainda, que impuseram suicídios e crimes, traições e deserções a pessoas que lhes hipotecavam integral confiança, retornam à experiência física sofrendo tribulações complexas que variam conforme o grau da culpa com que dilapidaram a harmonia de si mesmos.

Diante dos nossos irmãos de humanidade em problemas sexuais, saibamos administrar-lhes amor e esclarecimento ao invés de menosprezo ou condenação. Normalidade física não quer dizer no mundo que os nossos débitos das existências passadas fiquem extintos. Em razão disso, muitas vezes, é possível que amanhã estejamos rogando amparo justamente àqueles aos quais hoje estendamos auxílio.

Encerrando os nossos apontamentos, lembremo-nos de que Allan Kardec formulou a questão número 202, em O Livro dos Espíritos, indagando da Espiritualidade Superior quanto à preferência dos amigos desencarnados, ante o renascimento no mundo, a perguntar para que setor da vida humana mais se inclinavam: se para o campo de trabalho do homem ou da mulher. E os mentores da Codificação Kardequiana responderam convincentes:

Isso, na essência, não lhes importa. Vale, sim, para eles, acima de tudo, a prova que lhes compete experimentar.

Sexo e amor

Livro: Religião dos espíritos

 Espírito: Emmanuel

Médium: Chico Xavier

Reunião pública de 7/8/59

Questão nº 201

Ignorar o sexo em nossa edificação espiritual seria ignorar-nos.

Urge, no entanto, situá-lo a serviço do amor, sem que o amor se lhe subordine.

Imaginemo-los ambos, na esfera da personalidade, como o rio e o dique na largueza da terra.

O rio fecunda.

O dique controla.

O rio espalha forças.

O dique policia-lhes a expansão.

No rio, encontramos a Natureza.

No dique, surpreendemos a disciplina.

Se a corrente ameaça a estabilidade de construções dignas, comparece o dique para canalizá-la proveitosamente, noutro nível. Contudo, se a corrente supera o dique, aparece a destruição, toda vez que a massa líquida se dilate em volume.

Igualmente, o sexo é a energia criativa, mas o amor necessita estar junto dele, a funcionar por leme seguro.

Se a simpatia sexual prenuncia a dissolução de obras morais respeitáveis, é imprescindível que o amor lhe norteie os recursos para manifestações mais altas, porquanto, sempre que a atração genésica é mais poderosa que o amor, surgem as crises de longo curso, retardando o progresso e o aperfeiçoamento da alma, quando não lhe embargam os passos na loucura ou na frustração, na enfermidade ou no crime.

Tanto quanto o dique precisa erguer-se em defensiva constante, no governo das águas, deve guardar-se o amor em permanente vigilância, na frenação do impulso emotivo.

Fiscaliza, assim, teus próprios desejos.

Todo pensamento acalentado tende a expressar-se em ação.

Quase sempre, os que chegam ao além-túmulo sexualmente depravados, depois de longas perturbações renascem no mundo, tolerando moléstias insidiosas, quando não se corporificam em desesperadora condição inversiva, amargando pesadas provas como conseqüências dos excessos delituosos a que se renderam.

À maneira de doentes difíceis, no leito de contenção, padecem inibições obscuras ou envergam sinais morfológicos em desacordo com as tendências masculinas ou femininas em que ainda estagiam, no elevado tentame de obstar a própria queda em novos desmandos sentimentais.

Ama, pois, e ama sempre, porque o amor é a essência da própria vida, mas não cogites de ser amado.

Ama por filhos do coração aqueles de quem, por enquanto, não podes partilhar a convivência mais íntima, aprendendo o puro amor fraterno que Jesus nos legou.

Mas, se a inquietação sexual te vergasta as horas, não te decidas a aceitar o conselho da irresponsabilidade que te inclina a partir levianamente ao encontro de um homem ou ao encontro de uma mulher, muitas vezes em perigoso agravo de teus problemas.

Antes de tudo, procura Deus, na oração, segundo a fé que cultivas, e Deus que criou o sexo em nós, para engrandecimento da criação, na carne e no espírito, ensinar-nos-á como dirigi-lo.