No último sábado, o Vila Nova enfrentou o Treze – PB no Onésio Brasileiro Alvarenga e empatou em zero a zero. A partida marcou a primeira vez que Frontini enfrentou o Tigrão, desde sua passagem pelo clube, que se encerrou no fim de 2016. Em entrevista ao Sistema Sagres de Comunicação, o atacante esclareceu sua situação em relação aos salários atrasados, na ocasião em que defendeu o Vila.

“Não acertei, sempre fui bem claro, transparente. O Ecival na época, não fez nenhum tipo de esforço pra acertar e eu não vejo isso como problema, principalmente por ser o Vila Nova que tenho um carinho e respeito muito grande. Tenho certeza que quando o clube tiver a oportunidade, vão me chamar e a gente vai tirar isso daí e resolver da melhor maneira possível. Principalmente pelo fato do Hugo estar no comando e por ser um amigo pessoal meu”, destacou.

Frontini defendeu o Vila Nova em 2015, na Divisão de Acesso do Campeonato Goiano e na Série C do Brasileiro. Na oportunidade, o jogador conquistou os acessos para a Série B nacional e para a primeira divisão do campeonato estadual. Em 2016 Frontini jogou o Campeonato Goiano, Copa Verde e Série B. Nos últimos meses de 2016, o atleta acabou não atuando, porém treinou todos os dias, mesmo com os salários atrasados e explica o motivo pelo qual acionou o clube colorado na justiça.

“Tá na justiça e eu falo isso claramente, até porque, foi um erro muito grande que o Ecival cometeu. Tive toda paciência do mundo e precisei acionar (na justiça) pra não perder o prazo. As pessoas precisam entender que por mais que eu goste do clube, é uma situação financeira, trabalhei por isso. Terminei o campeonato com cinco meses de salários atrasados, fui o único jogador que terminou com esse atraso e treinei até o último dia, em 2016”, justificou Frontini.

O atacante ainda destacou alguns detalhes da tentativa de acordo para receber os salários atrasados. Mesmo sem ter conseguido receber, Frontini se mostrou otimista e acredita que com Hugo Jorge Bravo na presidência executiva, em breve, tudo será resolvido.

“Nunca externei isso, nunca fui a público e depois que terminou o campeonato, fiz um acordo com o Ecival e ele parcelou em oito vezes. Ele não pagou nenhuma parcela, é algo que não consigo entender. Mas como falei, sempre estarei aberto pra conversar, principalmente por ser o Vila e pelo Hugo estar no comando. Tenho certeza que no melhor momento, ele vai me chamar pra conversar, é algo que vamos resolver. Ele me conhece, conhece meu caráter conhece minha família e conhece minha pessoa”, finalizou Frontini.

O Sistema Sagres de Comunicação entrou em contato com o ex-presidente executivo do Vila Nova, Ecival Martins, para esclarecer as declarações do atacante Frontini.

“Em relação a declaração desse jogador, é muito simples. É só pegar o valor que o Vila realmente devia a ele e ver o valor da ação que ele está cobrando, pra ver se realmente existe esse amor. É muito fácil né, o jogador vem aqui, quer fazer média com a torcida por um motivo ou por outro e ele não fala que na época me pediu passes de alguns jogadores e eu não quis fazer isso. Não era interessante pro clube e não acertamos com ele na época pela situação que o Vila estava passando no fim de 2016. Tínhamos outras prioridades, entre elas, o pagamento dos funcionários. Eu fico impressionado como essas pessoas ainda insistem em querer criar subterfúgios. É muita hipocrisia, basta olhar quanto o Vila devia e o valor da ação que ele entrou contra o Vila Nova, pra ver se ele realmente torce e respeita a torcida do Vila”, explicou Ecival.