A expectativa para o aval da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em conjunto com as autoridades estaduais e municipais para que o público fosse autorizado a voltar aos estádios, não teve sucesso.
A pandemia ainda é um problema e por conta da situação que atravessa o país, a decisão foi adiada para o próximo mês.
A situação frustrou muitos clubes, e no futebol goiano quem vem sentindo e vai continuar com problemas devido a ausência dos torcedores é o Vila Nova Futebol Clube.
Presidente colorado, Hugo Jorge Bravo, em entrevista ao repórter Paulo Massad, lamentou a situação. “Futebol é a redoma de vidro da hipocrisia. Não adianta mais falar, nosso grito de socorro não será ouvido. Deus vai abrindo a porta, como vem abrindo e contar com o torcedor e buscar fazer o melhor possível para o clube”.
Na conversa com Massad, Hugo fechou com uma definição que resume bem o quadro que acaba impactando de forma direta no Tigrão.
“Clube de Série C, não que o Vila seja um clube de Série C, ele está na Série C. Então que entrar na rabeira da Série A. Torcer para o pessoal lá em cima se entender e é isso aí. Se o povo não está ouvindo o Flamengo, é complicado ter atenção com a Série C”.
O Flamengo é um dos clubes que pressionam para volta do público aos jogos de futebol. Porém, na última reunião da Confederação Brasileira de Futebol não participou por entender que a decisão para o retorno da torcida é de competência das autoridades sanitárias.
Como no Rio de Janeiro está tudo liberado, o Flamengo trabalha com a expectativa de receber a autorização, mesmo ainda sem o aval da CBF.
O Vila Nova sofre mais que Goiás e Atlético-GO, por conta dos jogos fechados para torcedores. Verdão e Dragão possuem cotas de televisão.
Já o clube colorado não vive a mesma realidade. Na Série C do Brasileirão, apesar da transmissão do Dazn, não existem cotas para as agremiações. O dinheiro pago pelo veículo de comunicação é destinado para pagamento de despesas de viagens e hospedagens dos 20 clubes que disputam a competição.