Desde a metade do mês de agosto, ao menos dez estados registraram fumaça cobrindo o céu de suas cidades. Só nas 24 horas do dia 6 de setembro o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 2.758 focos de incêndio no país. O combo onda de calor e falta de chuva que intensifica os focos de incêndios e geram as queimadas está permanecendo há tantos dias que agora a fumaça pode afetar também as capitais da Argentina e do Uruguai.
As queimadas estão ocorrendo em vários estados do país, entre eles, Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os quatro estados aparecem em quase todas as últimas ondas de calor e não possuem previsão de chuva imediata para os próximos dias.
Mas a maior parte da fumaça, segundo especialistas, está sendo impulsionada pelo sul da Amazônia, entre os estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso. Além disso, também há focos de incêndio na parte da floresta na Bolívia. Como permanece na atmosfera desde agosto e os focos ainda existem, portanto, a fuligem que está se espalhando pelo Brasil pode chegar no final de semana pelas correntes de ventos até as capitais da Argentina e do Uruguai.
Ondas de calor
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que há previsão de ondas de calor com temperaturas 5ºC acima da média para a próxima quinta-feira (12) em Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Nos últimos dias, o Inmet emitiu uma sequência diária de alertas laranja por causa do clima seco e amarelo de perigo potencial para grande parte do território nacional. Além disso, o país enfrenta o problema da baixa umidade relativa do ar, com cidades brasileiras registrando umidade menor ou igual a de desertos, como o Atacama e o Saara.
Tudo isso impacta diretamente o meio ambiente e a saúde humana. O cenário climático facilita a ocorrência de casos como o do incêndio de grandes proporções que atinge o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e que já destruiu 10 mil hectares do bioma cerrado. O fogo no local teve início na quinta-feira (5) e segue sem controle total, segundo informou a administração do parque.
Saúde
A cada novo alerta o Inmet ressalta a necessidade de intensificar os cuidados com a saúde. Recomenda-se, então, que as pessoas bebam bastante líquido, mas que evitem bebidas diuréticas como o café e álcool.
Mas também hidratar bem a pele e umidificar o ambiente como possível, bem como escolher atividades físicas menos nocivas ao tempo seco evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.
*Com informações do G1
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.
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