Depois de 15 anos, a Federação Goiana de Futebol (FGF) terá um novo presidente, com o término do mantando de André Pitta ao final do ano. De acordo com o estatuto da entidade, não existe mais possibilidade de reeleição. Apenas uma chapa foi registrada até a data e horário limite, que se encerrou nesta quarta-feira (17), às 18h.

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A ‘FGF Unida’, com o nome de Ronei Freitas como presidente, Wilson Queiroz e Yuri Pires, que é filho de André Pitta, como vices, será aclamada na terça-feira (23), em Assembleia Geral, para uma gestão de 2023 a 2026. O programa Hora do Esporte, desta quinta-feira (18), recebeu o futuro mandatário, que destacou um dos motivos de ter aceitado o desafio.

“Realmente um desafio, apesar de estar aqui há muito tempo, é um desafio e uma responsabilidade muito grande. Estou preparado e o apoio de todos os nossos filiados foi unânime, então a gente fica realmente feliz por um lado, mas com essa responsabilidade grande de representar e dar continuidade ao trabalho do André”, contou.

Substituir André Pitta, aliás, será o maior desafio por enquanto, de acordo com Ronei Freitas, que revelou que Pitta assumirá um cargo de diretor da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Vamos ter essa parceria prolongada por muitos anos acredito. Em um segundo momento, imagino que o maior desafio é manter o crescimento do futebol goiano, principalmente o nosso campeonato, que é o Goianão, o carro chefe. Então, nesse primeiro momento o maior desafio é começar a trabalhar os projetos, óbvio que eu também tenho alguns para tentar implantar agora em 2023. Acho que estamos preparados e é tentar desenvolver o mais rápido possível esses projetos”, ressaltou.

Anteriormente, o Goiás Esporte Clube não havia assinado a lista de apoio à chapa de Ronei Freitas. Entretanto, ele alegou “falta de tempo” e ainda revelou uma reunião com o presidente Paulo Rogério Pinheiro.

“Estive com ele na segunda-feira, uma reunião muito boa, me recebeu muito bem, eu particularmente não tenho nada contra o Goiás, pelo contrário, tenho um carinho muito grande pela instituição e a diretoria. Conversamos muito sobre isso e tudo é uma questão interna deles, que precisava de ter a aprovação do conselho para a assinatura. Ontem ele teve problemas pessoais e não conseguiu o tempo suficiente para encaminhar a documentação. Mas, me ligou e explicou tudo, enfim, entre nós não tem problema nenhum”, esclareceu.

Sobre as reclamações contra a arbitragem, Ronei Freitas defendeu que é algo nacional e não só do Estado de Goiás. Apesar disso, ele afirmou que fará uma visita à CBF para conversar com o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

“Na semana que vem devemos ir à CBF, com o presidente do Goiás para que ele possa estar mais presente na entidade também. Isso é importante. Por isso falo da importância do André continuar na CBF nos representando. Essa abertura é muito importante e faz com que a gente possa continuar cobrando”, declarou.

O futebol feminino também foi destaque da entrevista com Ronei Freitas. O futuro presidente da FGF disse que é um defensor inclusive do futebol de base e contou os projetos que pretende fazer.

“Infelizmente, o futebol feminino não tem ainda esse reconhecimento e a gente precisa buscar os apoios, principalmente de patrocínios para que a gente possa fazer um grande campeonato e fortalecer com mais equipes para dentro da federação. Converso muito com algumas equipes amadoras e eles têm dificuldades com relação a isso, porque entendem que a cobrança será maior se passarem a ser federadas, e tem que ser mesmo. Nós devemos já semana que vem convocar o conselho arbitral do Campeonato Goiano deste ano, com algumas novidades em equipes participantes, para que a gente possa continuar fortalecendo o futebol feminino”, argumentou.