As metodologias ativas estão cada vez mais presentes na sala de aula e, portanto, elas fazem parte do conceito educacional de Jhonatan da Silva, professor de Matemática do Colégio Estadual Olavo Bilac, em Águas Lindas de Goiás. A partir de uma proposta avaliativa do professor, alunos do 7° ano do Ensino Fundamental desenvolveram o jogo Matblox, inspirado no game real Roblox.

A proposta de Jhonatan surgiu no projeto “Explorando a matemática no roblox”. Antes disso, ele tinha proposto que os estudantes criassem algo relacionado a materiais recicláveis. Mas um grupo de estudantes desenvolveu um jogo virtual com conhecimentos específicos relacionado aos números inteiros, temática da atividade. 

A ideia partiu das estudantes Amanda Almeida e Ester Caline. Ester contou que é um jogo educacional que funciona para várias atividades do Ensino Fundamental II, mas também do Ensino Médio. Assim, além de melhorar seu conhecimento em matemática, a estudante adquiriu experiência em outra área de conhecimento: a tecnologia. “Eu aprendi coisas que eu não sabia sobre Matemática e programação. Foi ótimo”, destacou.

Game e educação

Ester Caline acredita que é possível aprender com jogos. “Eu realmente tinha muita dificuldade para aprender e com o jogo eu consegui aprender mais e me concentrar tanto no jogo quanto na matemática”, disse. O professor Jhonatan da Silva concorda com a estudante.

“É possível aprender e é possível construir o jogo em sala de aula. Eu acho que é muito importante trazer a questão do protagonismo do aluno”, disse. O professor de Matemática reforçou que gosta de aliar a tecnologia às suas aulas. 

“É nítido que o jogo estimula a criatividade, o protagonismo e a programação, então eu busco trazer a matemática atrelada a programação nesse jogo. Na minha sala de aula o Matblox fez total sentido, porque os meus estudantes estão cada vez mais entusiasmados em estarem jogando um jogo criado por eles”, contou.

Inovação e criatividade

Para o professor Jhonatan, então, é muito importante incorporar o conhecimento dos alunos ao conteúdo que eles estão estudando. “Eu consegui enxergar uma evidência em sala de aula através do que os nosso alunos trazem como conhecimento prévio”, apontou.

O jogo criado apenas para uma atividade avaliativa, no entanto virou uma febre na escola depois de Jhonatan e o professor de Geografia, Guilherme Soares, inscreveram o projeto num edital de Seleção de Projetos STEM e ganharam um fomento de R$ 3.000,00. O valor resultou em bolsas para os estudantes do grupo que desenvolveu o Matblox e transformou o jogo em algo muito melhor.

“O primeiro jogo que elas criaram consistia em três portas que tinham que entrar”, explicou. “Após esse projeto, nós criamos o jogo em si, que funciona na nossa escola. Nós identificamos as características da nossa escola e a gente colocou algumas funcionalidades nesse jogo”, disse.

(Foto: Seduc/GO)

Como funciona?

O Matblox tem vários desafios matemáticos para os estudantes resolverem. A ambientação gráfica do jogo é a escola, toda produzida diretamente na plataforma Roblox. Os alunos resolvem atividades do conteúdo do ano letivo naquele ambiente virtual e ao acertaram vão avançando nas salas de aulas.

“Quando o aluno entra com o robozinho na sala, ele tem que encostar no quadro onde será teletransportado para uma sala branca. E lá ele tem que resolver alguma questão envolvendo matemática e entrar na porta certa. Respondendo essas perguntas ele vai sendo direcionado para outra sala e avançando para outros blocos, porque a nossa escola é dividida em blocos. Temos 12 salas”, explicou o professor.

Com o Matblox, os alunos do Colégio Estadual Olavo Bilac, em Águas Lindas de Goiás aprimoram os conceitos matemáticos e também aprendem sobre programação.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 4 – Educação de Qualidade.

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