A grande notícia desta segunda-feira, com certeza, foi o pedido de demissão do técnico Geninho hoje a tarde ao ligar para o clube. A partir de agora, a diretoria rubronegra começar a procurar no novo treinador para comandar o time durante o período de recesso da Copa do Mundo. Mas antes de analisarmos, os nomes disponíveis, vamos pensar um pouco a saída de Geninho.

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Com o fato consumado, pude juntar alguns fatos de a príncipio passavam como fatos banais do cotidiano de um time de futebol. Antes do clássico, Geninho havia me dito que estava mais pensando em aposentar. A justificativa do treinador foi a idade. Já não estava com tanta paciência para suportar a pressão pelos resultados. De acordo com ele havia chegado a hora de aproveitar os finais de semana, a familia e outras coisas que ficam em segundo plano por causa do mundo do futebol. Fato que se confirmou com a declaração dele sobre ser pressionado pela falta de resultados. E neste quesito ele tem todo direito, tem muitos anos de estrada e já ganhou muito dinheiro com o futebol. E por isso eu acho que uma vitória, um empate e cinco derrotas foram fatores fortes. Além do mais, a sequência após a Copa do Mundo é Atlético (MG), Corinthians e Flamengo.

Dentro de campo, na minha opinião, o Geninho foi muito benéfico ao time do Atlético. Corrigiu o sistema defensivo do clube que estava sendo bastante questionado. Deu cara de Série A para o time que passou a encarar os clubes da primeira divisão de igual para igual, seja na Copa do Brasil, seja no Brasileirão. No Goianão, na hora da decisão, atropelou Goiás e Santa Helena, sagrando campeão goiano. O maior erro nestes 107 dias: em alguns jogos exagerou um pouco na dose de defensividade quando o time poderia ser um pouco mais ofensivo. Acho que exagerou no uso dos quatro volantes. Contra o Santa Cruz, dentro e fora de casa, foi muito bom. Mas em Salvador foi muito arriscado e acabou chamando o adversário para o ataque. O lado fisico e o número grande de lesões também o complicou. De resto, o Atlético só ganhou com a presença do Geninho.

O perfil pretendido pela diretoria é jovem, postura mais ofensiva e acompanhe o ritmo do Atlético em querer assegurar espaço no futebol nacional. Vamos a alguns nomes que são de agrado da diretoria:

Sérgio Soares – treinador jovem, está no Santo André onde já fez uma boa campanha em 2008 na Série B e quando reassumiu o time na elite no ano passado conseguiu uma boa reação, mas tardia pelo tempo que ele tinha em mãos. O problema é que tem contrato até o fim do ano e possui multa rescisória. Conversei por telefone com ele hoje e o Sérgio me disse que está aberto a negociação.

René Simões – (57 anos) está desempregado desde quando se desligou da equipe do Ceará para a chegada de PC Gusmão. Tem experiência em clubes nacionais e internacionais, além de comandar a seleção da Jamaica. É um bom nome, sempre lembrado a cada mudança de comissão.

Estevam Soares – (53 anos) também está desempregado desde quando se desligou do Botafogo após a derrota para o Vasco por 6 a 0 e cedeu o lugar a Joel Santana. É um nome que é oferecido ao Atlético sempre que acontece alteração na comissão. Dele me lembro pouca coisa como  a boa campanha com o Palmeiras em 2004 no Campeonato Brasileiro e fez boa campanha com o Barueri ao deixá-lo na sexta posição quando se transferiu para o Botafogo.

Os nomes vão brotar a todo instante nestes próximos dias, acredito que a diretoria rubronegra tem que pesar dois aspectos o lado financeiro e a postura tática do treinador para que seja semelhante a que a diretoria gosta que é ofensiva.