Agentes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia começaram nesta terça-feira (24) a instalar armadilhas contra o mosquito Aedes aegypti. Segundo a Pasta, elas são feitas com plástico durável, e contém inseticida, fungo e água com odor específico, como isca para atrair as fêmeas que estão em época de postura de ovos. Os produtos biológicos matam tanto as larvas quanto os mosquitos adultos.

O lançamento da armadilha aconteceu no início da manhã no Setor Jardim Novo Mundo, região leste da capital. De acordo com a prefeitura, a região é considerada estratégica para combate ao mosquito.

“Os agentes de combate às endemias da SMS estão realizando uma programação para instalar esse modelo de armadilha em outros pontos estratégicos localizados em todas as regiões da cidade”, afirma o titular da SMS, Durval Pedroso.

Tecnologia

Segundo a SMS, em toda a cidade serão instaladas 3.250 armadilhas In2Care (in two care), que visam expandir os modos de controle do índice de infestação predial em Goiânia. Todos os equipamentos possuem um QR Code, que vai georreferenciar as coordenadas de onde elas foram instaladas.

“Com o QR Code, será possível cadastrar a residência, registrar o que for encontrado nas visitas e trocas dos refis, além de permitir o monitoramento georreferenciado dos casos de dengue na região e, com isso, avaliar a efetividade das armadilhas, conforme as zonas de calor que são identificadas pelos agentes de combate às endemias, de acordo com os números colhidos por eles durante as visitas residenciais”, explica Pedroso.

Primeira armadilha foi instalada no Setor Jardim Novo Mundo (Foto: Jackson Rodrigues)

Cada armadilha tem uma cobertura aproximada em 400 metros, o que assegura proteção de boa parte de um quarteirão. De acordo com o prefeito Rogério Cruz, os equipamentos visam garantir que a capital deixe de apresentar altos índices das doenças provocadas pelo Aedes, como dengue, zika e chikungunya.

“A cada 40 dias, os agentes de combate às endemias voltarão a esses locais para verificar a situação do equipamento, além de realizar as manutenções devidas”, assegura.

Contaminação

De acordo com Durval Pedroso, em 2022 a gestão municipal gastou mais de R$ 70 milhões com pacientes infectados somente com a dengue, e, conforme observou, “fazer o investimento com mais essa iniciativa, que resultará na prevenção e evitará que as pessoas fiquem doentes, é a forma mais adequada de fazer gestão em saúde pública”, pontua.

“A dengue, a chikungunya, a febre amarela e a zika são doenças virais de rápida disseminação, e a única forma de parar a transmissão é investindo no controle do vetor que é o Aedes, e essas armadilhas são uma nova ferramenta que estamos usando para combater o mosquito. Desse modo, conseguiremos reduzir essas doenças em Goiânia”, esclareceu o secretário de Saúde de Goiânia.

Ao todo, 71 agentes de endemias, 46 supervisores e oito coordenadores foram capacitados para instalação e monitoramento das armadilhas, que poderão ser colocadas em locais fechados ou em áreas abertas.

Os agentes também serão os responsáveis pela reposição, a cada quatro semanas, dos sachês que contém larvicidas e fungos. A expectativa da SMS é de que, em 45 dias, já seja possível verificar os primeiros resultados da nova ferramenta.

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