Já classificada para as quartas de final, a Seleção Brasileira enfrenta o Equador, na última rodada da fase de grupos da Copa América, neste domingo (27), no Estádio Olímpico em Goiânia. O narrador titular do SBT, Téo José, é goianiense e será o responsável por contar a história desse jogo para os torcedores.

Em entrevista à Sagres, o narrador detalhou que, em função da pandemia, a narração será feita pelos estúdios do SBT, em São Paulo. “Então, infelizmente, eu não estarei na minha terra, na minha cidade, onde eu moro, estarei aqui em São Paulo, mas não tenha dúvida que é uma grande emoção”.

Ouça a entrevista completa:

Téo José também cita o Estádio Olímpico, palco da partida de hoje, onde tem boas lembranças: “Eu comecei a ter um contato com futebol profissional exatamente no Estádio Olímpico. Em 1973, por exemplo, eu era mascote, que naquela época eram os garotos que entravam a frente do time, e eu era mascote do Goiás. Quantas vezes eu assisti na arquibancada o torneio início do Campeonato Goiano, quando todos os times goianos se enfrentavam em jogos de 20 ou 30 minutos e quem ganhava ficava, até que no final da tarde a gente tinha a decisão entre os times que sobreviveram”.

Os gramados dos estádios para a Copa América têm sido motivo de reclamações de jogadores e técnicos após as partidas. Dentre eles, o “pior”, segundo as equipes, é o Estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio de Janeiro. Enquanto isso, o Olímpico recebe elogios. “Pelo que vi na televisão, o gramado do Estádio Olímpico está muito bom e isso é bacana. O espetáculo só vai atingir seu apogeu, se ele tiver um palco. E um gramado ruim prejudica o espetáculo”, declarou Téo José, que ainda fez questão de ressaltar também o gramado da Serrinha, onde o Brasil vai treinar na segunda-feira (28).

Demonização da Copa América

O narrador do SBT contou que os números de audiência estão crescendo jogo a jogo, mas que, no começo, diante das discussões que envolveram a competição e a pandemia, foi difícil. “Parecia que com a Copa América no Brasil, a gente ia subir para 4 mil mortos por dia e 150 mil infectados por dia e estamos vendo que isso não aconteceu”.

Téo explicou que neste ano foram feitos mais jogos de competições internacionais no Brasil, do que a Copa América fará e que, por isso, além dos protocolos da competição, não entendeu o motivo da “demonização da competição”. “Até achei que a imprensa foi naquele negócio do admirável gado novo, deu um estalo e todo mundo foi correndo atrás”.

Equipe de transmissão do SBT – Da esquerda para a direita: Luiz Alano, Nadine Bastos, Téo José, Mauro Beting e Edmílson

Brasil x Seleções Europeias

Sem se omitir, o narrador deu sua opinião sobre como joga a Amarelinha atualmente. Para Téo, falta criatividade e, às vezes, a Seleção fica muito dependente do Neymar. “Eu penso na Seleção para ganhar mundial, não para ganhar Copa América. Não entra na minha cabeça uma Seleção Brasileira com volantes que não pisam na área, por exemplo. […] Acho que o Brasil hoje está atrás de Portugal, da Itália e da Inglaterra. Talvez esteja no mesmo nível da Alemanha, que não vem jogando um bom futebol”.