Goiás assinou, durante a cerimônia de abertura do Seminário “Águas para o futuro” em Rio Quente, na segunda-feira (11), o Pacto Pela Governança da Água com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Esse acordo viabilizará um aporte de aproximadamente R$ 7 milhões ao longo dos próximos cinco anos para a gestão dos recursos hídricos no estado de Goiás.

“Fazemos aqui um grande debate e em total consonância com aquilo que o mundo espera, que é ter água. Discutir esse assunto da água é muito desafiador. Trata-se de uma riqueza natural fundamental, devastada em muitos lugares do mundo. Mas, aqui no nosso estado, vamos mostrar como cuidar dela e preservá-la para o futuro”, disse o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB). Com a assinatura, todos os estados da região Centro-Oeste agora integram o pacto.

“Goiás tem projetos arrojados para a preservação das águas, para a recuperação da nossa capacidade de oferta nas cidades e para o aumento da ligação que ampliará nossa capacidade produtiva. Mostrando controle e impondo regras claras para dizer o que pode ou não ser usado e de que maneira deve ser utilizado, esperamos servir de exemplo para outros estados e para o mundo”, completou Caiado.

“Estamos preparando a governança, a sociedade goiana e nos interrelacionando com outros países, outras unidades da Federação, porque as águas não respeitam limites geográficos ou políticos”, destacou a titular da Semad, Andrea Vulcanis.

Emissão de carbono

Durante o evento, o governador também apresentou à sociedade o documento denominado Estratégia Goiás Carbono Neutro 2050, que tem como propósito guiar iniciativas relacionadas à questão das mudanças climáticas no território goiano. O seu principal objetivo é estabelecer parcerias com o setor privado, com o intuito de aumentar a produtividade enquanto reduz as emissões de carbono em toda a cadeia de suprimentos, sobre questões críticas como o desmatamento e as queimadas ilegais.

Fundamentado em três pilares, o conteúdo deste documento estabelece a ambiciosa meta de eliminar completamente as emissões de carbono até o ano de 2050 no estado de Goiás. Isso será alcançado através da integração de esforços para o desenvolvimento de uma matriz produtiva que seja tecnologicamente avançada, ecologicamente sustentável e economicamente competitiva, tanto no âmbito nacional quanto internacional.

Na semana anterior, Goiás já tinha aderido ao Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero, um compromisso firmado entre o Governo do Estado e o setor produtivo, com o propósito de promover a conservação do Cerrado.

Cerrado

No Brasil, o Dia Nacional do Cerrado é celebrado em 11 de setembro. Esse bioma, que é o segundo maior do país, abrange cerca de 22% do território brasileiro, e estende-se por 11 estados, além do Distrito Federal (DF), além de apresentar significativas reservas subterrâneas de água doce.

“Creio que não há algo tão relevante como a relação entre água e o futuro. É muito central e decisória para o mundo, e o Governo de Goiás já teve a iniciativa de pensar nisso. Unir água e futuro é o que diferencia esse evento”, pontuou o diretor regional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Ernesto Fernández Polcuch.

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, salientou que não se gera riquezas materiais sem o cuidado com as bacias hidrográficas, o meio ambiente e todos os biomas. “Queremos, de maneira cuidadosa, transformar os estados em provedores de políticas de sustentabilidade”, frisou o gestor.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis; ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática

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