Presidente do Goiás, Marcelo Almeida, e Secretário de Esporte e Lazer, Rafael Rahif, falam sobre reforma no Serra Dourada (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC)

O Goiás recebeu nesta sexta-feira a liberação do Estado de Goiás para executar reformas no estádio Serra Dourada, por meio de um termo de cooperação com doação. Com melhorias nos vestiários, banco de reservas, sistema de iluminação, sala para arbitragem de vídeo e também nas tribunas, o clube esmeraldino vai desembolsar R$ 600 mil, com previsão de conclusão das obras para o fim de abril.

Dessa forma, as finais do Campeonato Goiano estão praticamente descartadas para o Serra Dourada, com o Olímpico como o mais provável local, caso a final tenha Goiás ou Vila Nova. Apesar do novo governo ter sido eleito em outubro, com a posse em janeiro, o secretário de Esporte e Lazer (Seel), Rafael Rahif, alegou problemas na comunicação com a antiga gestão e os vários problemas encontrados.

“Eu só tomei posse aqui dia 2 de janeiro. Eu não tinha acesso, não tínhamos como descobrir as notícias daqui. Eu descobri que ano passado, pessoas entraram aqui e pegaram coisas do almoxarifado. O governo anterior acabou dia 1º de janeiro e até então nós só tínhamos informações. Não tinha como ter uma previsão. Nestes mais de 60 dias, fizemos algo muito rápido. Mas não esperávamos encontrar essas condições”, disse Rahif.

As condições criticadas pelo secretário eram problemas no sistema de drenagem, lâmpadas queimadas, vasos sanitários danificados e chuveiros que foram retirados. Para o presidente Marcelo Almeida, o Serra Dourada precisa de várias outras reformas, mas as mais urgentes são as que serão conduzidas pelo Goiás. Neste momento, o governo, nem outros clubes, como o Vila Nova, participarão financeiramente do processo.

“A obra do Serra, se levar em consideração no todo, precisa de várias reformas. Vamos priorizar só alguns setores. Vestiário da arbitragem e atletas, algumas reformas na comissão técnica adversária, sala de VAR, banco de reservas. É muita coisa para pouco tempo. A gente gostaria de extrapolar, mas aí os custos vão elevar muito. Também temos uma limitação. Não podemos fazer tudo que gostaríamos”, analisou o dirigente esmeraldino.

O jogo decisivo da final do Campeonato Goiano está marcado para o dia 21 de abril. Já a previsão para a abertura do Serra Dourada é para o fim de semana seguinte. Mesmo assim, a Federação Goiana de Futebol tem discutido esta situação e observado para que as finais possam acontecer no principal palco do futebol goiano.

O Olímpico, que estava sob posse da Universidade Estadual de Goiás, vai ser repassado novamente para o Estado de Goiás. Recentemente, o local recebeu várias críticas do Goiânia por problemas estruturais no estádio.

“Para fazer a reforma, vamos ter de interditar o Serra. Temos de fazer com que a praça Olímpico seja utilizada e nos ajude. Talvez não possamos receber esses jogos. Vamos tentar levar as finais para o Olímpico”, completou Rahif.

“A vontade era de pintar de verde, mas gosto de seguir as regras do papel. As cores são determinadas por um processo”, disse o presidente Marcelo Almeida.