O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, afirmou em entrevista à Sagres, nesta quarta-feira (9), que o uso de máscaras em ambientes abertos pode deixar de ser obrigatório a partir da próxima semana. Segundo Ismael, ainda é preciso observar a reação após o feriado de carnaval, mas nas últimas duas semanas, o Estado tem registrado queda sustentada no número de pedidos de internações graves.

“A orientação estadual deve vir na próxima semana, caso a tendência atual permaneça. Estamos com o quantitativo muito baixo, a vacinação tem feito grande diferença”, declarou o secretário, que ainda citou dados mostrando que nos últimos 28 dias, a cada 100 mil pessoas, 483 não vacinadas ou com ciclo incompleto precisaram de internação. Comparando o mesmo quantitativo com pessoas totalmente vacinadas, esse número foi de 23.

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Após a desobrigação em espaço aberto, Ismael esclareceu que não haverá liberação imediata em ambientes fechados, isso ocorrerá gradualmente. “E depois cada pessoa faz sua avaliação. Neste momento em que há uma aproximação de sair do estado de epidemia para endemia, as atitudes passam a ser individuais e não populacionais”, explicou. O secretário ainda detalhou que as reuniões para a tomada de decisão serão realizadas a partir de hoje e seguem até a próxima sexta-feira (11).

Ao declarar que “nunca tivemos tão perto de voltar à normalidade”, Ismael explicou que o próximo passo pode ser rebaixar a pandemia, pois haverá um controle, com número de casos esperados e maior incidência com sazonalidade, como já ocorre com outras doenças virais.

“Ontem tivemos um pedido de internação em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na rede estadual, enquanto tivemos mais de 500 em março e abril do ano passado. O número de internações graves já é totalmente diferente. Mas em número de casos e óbitos, em nível brasil, ainda é significativo. Então, quando esses três extratos de avaliação tiverem abaixados e não apenas um, a gente consegue fazer essa virada da chave conceitual. Está muito próximo, acredito que deve acontecer provavelmente no mês de maio, se nada mudar”, projetou o secretário.

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