A velocidade de transmissão e a alta taxa de contágio da variante Ômicron da Covid-19 tem despertado a preocupação de autoridades em todo o estado de Goiás. Várias cidades goianas já decretaram novas medidas restritivas, que vão desde a redução de público em bares e restaurantes até o cancelamento de eventos públicos e privados.

Em entrevista à Sagres, nesta sext-feira (21), o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, destacou que a Secretaria a transmissão da nova variante está em ascensão. Segundo o titular da pasta, 50% da população goiana vai ser infectada com a Ômicron.

“Analisando a velocidade da transmissão e o número de casos positivos encontrados nas testagens que realizamos, podemos afirmar que até meados de fevereiro vamos continuar numa crescente de casos e que provavelmente 50% da população deverá ser contaminada no estado de Goiás”, revela o secretário.

Apesar disso, a variante registra menor necessidade de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) menos óbitos. Ainda conforme o secretário, a situação só é não é mais grave por conta do avanço da vacina.

“Devido à progressão da vacinação, a taxa de letalidade da Ômicron é bem menor do que o registado no início da pandemia. Hoje, a Ômicron é predominante. Todas as amostram que enviamos para analise são da variante em 100% dos casos. A vacinação cumpre o seu papel, não deixa o paciente agravar e diminui a letalidade”, reforçou.

UTI

Sobre as vagas de leitos de UTIs exclusivos para Covid-19, que atualmente registra taxa de 85% de ocupação, o secretário de Saúde explicou que, com a queda nos números de internados pela doença, os leitos foram transferidos para UTIs gerais, mas que podem ser remanejados a qualquer momento.

“A rede de saúde foi ampliada, neste momento precisamos interpretar a taxa de ocupação. Estamos com 85% ocupados, no entanto, foi feito um remanejamento de leitos de UTIs de Covid para leitos gerais, por isso eles diminuíram. Mas isso é dinâmico, podemos fazer essas mudanças quando acharmos necessário”, informou.

Ismael Alexandrino também lembrou que, mesmo que as prefeituras estejam editando novas medidas restritivas, o atual momento não exige novas medidas restritivas a nível estadual, como foi no início da pandemia.

“É preciso analisar o momento da pandemia. Eventos como o carnaval de rua devem ser desestimulados, não devem ocorrer. O momento da doença agora é outro, precisamos trabalhar em conjunto com a sociedade, seguir com a vacinação e com os cuidados com as mediadas sanitárias”, pediu o secretário.

Confira a entrevista completa:

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