A diretoria do Goiás Esporte Clube deu mais um passo para fazer valer seus direitos em relação a negociação envolvendo Atlético Mineiro e Spezia, pelo volante Léo Sena, jogador negociado em 2020 pelo Verdão com o clube mineiro pela importância de R$ 4 milhões.

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Na oportunidade o Goiás ficou com 20% dos direitos econômicos do atleta e teria de acordo com contrato assinado pelas partes, o direito de participar de todas as reuniões envolvendo uma negociação futura do Atlético-MG vendendo o jogador para outra agremiação.

Segue clausulas do contrato sobre o assunto

  • As partes ajustam que deverá o Atlético Mineiro cientificar inequivocamente o Goiás de qualquer proposta oficial para a cessão temporária ou definitiva do atleta Léo Sena, apresentando detalhes da proposta, tais como valores, prazos etc. Inclusive informando ao eventual clube interessado o percentual dos Direitos Econômicos pertencentes ao Goiás em conformidade com as normas da FIFA e CBF.
  • O Goiás terá direito de acesso a todos os documentos relativos à transferência, inclusive durante as negociações preliminares (propostas, correspondências etc.) e ainda terá direito a participar de todas as reuniões e contatos com o clube interessado em contratar o atleta.

O Atlético Mineiro chegou a divulgar uma nota oficial explicando seu entendimento a respeito da negociação, colocando o Goiás como um ‘terceiro’ interessado.

Agora o Goiás notificou oficialmente Atlético e o próprio Spezia, cobrando que o contrato seja respeitado. No documento o clube goiano diz que “não se enquadra na definição de Terceiro prevista no Regulamento de Status e Transferências de Atletas da FIFA, sendo assim legítimo possuidor de 20% dos direitos econômicos de Léo Sena, por já ter existido vínculo desportivo prévio entre Goiás e o atleta”. E isso é uma verdade. Léo Sena chegou à Serrinha em 2015 e ficou até 2020. Atuando em jogos oficiais, o que é fácil provar.

No documento enviado ao Atlético Mineiro e Spezia é recordado as cláusulas de contrato assinado no momento em que Sena deixa o Goiás. Nele está registrado que “somente o Goiás tem poderes de negociar o percentual que legitimamente lhe cabe”.

Como informação o Goiás não tem interesse em negociar seus 20% dos direitos econômicos neste momento e que busca ter esse direito preservado em caso de transferência futura do profissional do clube italiano para outra agremiação.

Essa notificação enviada cordialmente aos dois clubes é um pedido do Goiás para que a próxima atitude não seja tomada. Caso não seja atendido o departamento jurídico alviverde, deverá buscar a FIFA e sua Corte Arbitral.

Existe um caso parecido ocorrido entre Palmeiras e a LDU Quito, envolvendo a negociação do atacante Hernan Barcos. Quando ele deixa o clube paulista, se transferindo para o Grêmio, a LDU que tinha 30% dos direitos não foi consultada. Após ação na FIFA a equipe equatoriana ganhou a causa e o Palmeiras foi multado pela entidade.