Os clássicos entre Goiás e Vila Nova têm dado o que falar. Os jogos não têm se limitado à disputa em campo, mas também às provocações fora das quatro linhas. Atos que fizeram com o Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de Goiás entrasse em ação.

No jogo do dia 11 de abril, no OBA, vitória do Vila Nova por 2 a 1, o presidente do clube colorado, Hugo Jorge Bravo foi citado em súmula pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio por causa de comportamento inadequado na arquibancada. Já o meio campista Figueira, do Goiás, fez gestos obscenos para conselheiros e diretores do Vila Nova na saída do campo. Ambos foram denunciados e serão julgados na próxima segunda-feira (3).

Um outro ponto que chama a atenção é a denúncia feita pelo procurador do TJD, Vitor Guedes, contra o Vila Nova, que rodou em seu sistema de som após a partida a música “As Mocinhas da Cidade”, o que seria um ato de homofobia contra os esmeraldinos segundo o integrante do tribunal.

Algo que não está na pauta do TJD, mas que também foi alertado por dirigentes e torcedores do Vila Nova, foi que na Serrinha, após o jogo do 1º turno quando o Goiás venceu por 1 a 0, o sistema de som do estádio rodou a música “Choram as Rosas”, o que também caracterizaria um ato homofóbico.

Qual a opinião dos comentaristas da Sagres sobre a polêmica das músicas? Os clubes devem ser punidos?

Evandro Gomes

“Essa questão das músicas provocativas nos estádios é uma questão que deveria constar no regulamento do campeonato, com a Federação proibindo e punindo quem tocar. Os clubes de futebol reclama tanto da violência das torcidas e eles estão se comportando como torcedores, que de certa forma, agridem pessoas com essa forma de agir. Por que não colocam o hino do clube ou música para incentivar e ficar na cabeça do torcedor? Vila Nova e Goiás estão agindo como clubes amadores dirigidos por torcedores”.

Cléber Ferreira

“O que está acontecendo após os jogos entre Goiás e Vila Nova nos estádios e principalmente nas redes sociais é que a música tem tido o seu sentido pervertido. Está sendo utilizada de umas forma pejorativa. Tudo aquilo que é utilizado de uma forma pejorativa é agressivo, o pior de tudo, tem sido utilizada de uma preconceituosa, homofóbica. Defendo a punição cada vez que a homofobia for manifestada. Todo preconceito manifestado deve ser punido exemplarmente”.

José Carlos Lopes

“Sou favorável às provocações, brincadeiras, mas tudo dentro do limite da lei. O que está fora da lei, não está no combinado, não está na brincadeira, é crime. O que a gente viu neste clássico Goiás e Vila Nova foram provocações homofóbicas. No estádio Hailé Pinheiro com três jogadores do Goiás cantando “Choram as Rosas” e depois “As Mocinhas da Cidade” executada no auto – falante do OBA. Está fora do combinado, é crime, e devem pagar. Todos devem ser punidos”