Os funcionários do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística de todo o Estado aderem à greve dos policiais civis que, em assembleia, resolveram radicalizar o movimento. Auxiliares de autopsia e necropsia, que são ligados à polícia civil, integram o movimento e praticamente inviabilizam o trabalhos dos peritos e médicos legistas, que não estão paralisados.

A greve é realizada desde o dia 17 de setembro e reivindica aumento no piso salarial de 7,5%, mais pagamento de 20% de produtividade. O governo ofereceu proposta de produtividade em 20% a partir da readequação da carreira do policial civil. A proposta não foi aceita.

Os grevistas ainda buscam que a Justiça revogue o decreto do governador Marconi Perillo (PSDB) que determina o corte de ponto aos policiais grevistas. Marconi analisou o movimento e afirma que o Estado não tem condições de atender a reivindicação salarial. “Os policiais querem um piso salaria de R$ 7.250,00. O Estado não suporta isso. Não tem condições de fazer isso. Se tivesse não haveria necessidade de greve,” afirma.

O governador lembra que o governo precisa realizar outras tarefas e não somente pagar os servidores. Mas afirma que está aberto ao diálogo para negociar com os grevistas.

Marconi ainda explicou que o Estado está no limite de gastos com pessoal, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “A lei nos impede de gastar além do limite prudencial, que é de 55%. Nós estamos gastando quase 60%,” revela.

Além dos escrivães e agentes da Polícia Civil, os Auxiliares de autópsia, papiloscopistas, auxiliares de laboratório, identificadores, fotógrafos e desenhistas criminais também estão em greve. Por conta desta adesão, o trabalho do Instituto Médico Legal e de Criminalística está praticamente parado.

A greve completa 30 dias de duração nesta quinta-feira.