A reunião realizada na última noite entre o governador Ronaldo Caiado (DEM), o candidato do PSD à prefeitura, Vanderlan Cardoso, e os principais coordenadores de campanha teve tom de cobrança e confirmação das reclamações internas registradas nas últimas duas semanas do primeiro turno.
Como informado pela Coluna Sagres Em Off, as críticas de aliados governistas do senador miram a centralização das decisões na figura do marqueteiro Maurício Coelho, que acompanha Vanderlan desde a última eleição municipal, em 2016, passando pela disputa do Senado, em 2018.
Avaliação é de que a falta de abertura ao diálogo resultou em erros nos principais momentos de desgaste de Vanderlan: o áudio com elogios ao senador Chico Rodrigues, flagrado pela PF com dinheiro na cueca, e a viralização do vídeo em que Vanderlan se compromete a cumprir os oito anos de mandato em Brasília.
A reação tardia nos dois assuntos, segundo governistas, teria aumentado o desgaste. A mudança, com descentralização das decisões, foi confirmada pelo coordenador de campanha, Simeyzon Silveira, em entrevista à Sagres.
Como fica?
“Algumas estratégias serão ajustadas. É lógico que, quando você perde um primeiro turno, você tem que fazer ajustes. Isso é natural”, afirma Simeyzon. “Nós temos confiança no nosso marqueteiro, vaio continuar o mesmo. Porém, agora, com um grupo maior ajudando a definir essas estratégias de campanha, com mais cabeças pensando a campanha e vamos buscar agregar mais pessoas”, define.
Água fria
A notícia de nova intubação do candidato Maguito Vilela dividiu sentimentos na campanha do MDB com a vitória expressiva no primeiro turno, com vatagem superior a 11 pontos percentuais sobre Vanderlan. Diante do quadro, os coordenadores na estrutura emedebista terão cautela para decidir qualquer mudança na estratégia.
Agenda
A primeira reunião está marcada para esta manhã, às 10h, mas a expectativa é que seja definida apenas a agenda de eventos de rua, em continuidade ao trabalho de divisão de responsabilidades realizado no primeiro turno.
Renovação
Apenas 13 vereadores foram reeleitos e a renovação na Câmara Municipal de Goiânia foi de 63%. O novo grupo conta com maioria de novatos, mas também a presença de velhos conhecidos que retornam ao legislativo.
