Foto: Divulgação
Além do programa de compliance, pelo qual o governo estadual pretende estabelecer sistemas capazes de evitar casos de corrupção e mau uso de recursos públicos, a atual gestão realiza inspeção detalhada sobre todos os contratos e já detectou, nos primeiros 100 dias, irregularidades em 11 contratos.
Os casos causaram, segundo a Controladoria-Geral do Estado, danos estimados em R$ 30 milhões, sobre contratos com valor total de R$ 552 milhões. O processo, no entanto, ainda está em curso, já que os órgãos de fiscalização pretendem apurar todos os termos, que resultaram em gastos de R$ 1,7 bilhão nos governos de Marconi Perillo e José Eliton (PSDB).
O governador, Ronaldo Caiado (DEM) atribui a situações como esta o rombo de R$ 4 bilhões, apresentado ontem nas contas de 2018 entregues ao TCE.
“Seja no Ipasgo, na Saneago ou em qualquer área que se passa a fazer essa análise, nota-se aquilo que eu defini, em um primeiro momento, ao ter informações que levavam exatamente a este resultado, de que nós havíamos sofrido em Goiás um vandalismo administrativo”, analisa.
Depois de recebidas pelo TCE, as contas passam pela relatoria do conselheiro Saulo Marques, que apresentará relatório em 60 dias. Depois, caberá à Assembleia Legislativa aprovar ou rejeitar as contas do último ano do governo tucano, assinado por José Eliton. Pelos números apresentados, o rombo encontrado foi de R$ 4,070 bilhões, sendo R$ 2,29 bilhões de dívidas registradas e R$ 1,68 bilhão de despesas não contabilizadas, como a folha atrasada de dezembro.
O controlador-geral do estado, Henrique Ziller, detalha as medidas do programa de compliance, que buscam evitar casos de corrupção e mau uso dos recursos públicos pelo estado. Segundo ele, o processo estará em pleno funcionamento até o fim de junho.
“Nós entendemos que o compliance vai estar 100% em execução naqueles 21 órgãos a partir do final do primeiro semestre. O sucesso do compliance vai ser notado pela ausência de notícias ruins. O ideal do compliance é que ele não seja mais mencionado”, conclui.
Com informações do repórter Rubens Salomão