O Rio Piancó, em Anápolis: proprietários de barramentos devem liberar os volumes d’água de acordo com as orientações da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Foto: Divulgação)

A crise hídrica na região central de Goiás parece estar longe de acabar. O governo estadual, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), prorrogou, nesta segunda-feira (4), as medidas adotadas no início de outubro para minimizar a crise de desabastecimento de água no município de Anápolis.

De acordo com o governo, a Portaria 231/2019, publicada no Diário Oficial, dá vigência por mais 30 dias à de número 211/2019, que determinou que todas as captações para irrigação nas bacias dos rios Caldas e Piancó fossem ser suspensas, permanecendo apenas as com finalidade de abastecimento humano e dessedentação de animais. O texto também diz que os proprietários de barramentos devem liberar os volumes d’água de acordo com as orientações da Semad.

A secretaria determina ainda que usuários de águas subterrâneas, com poços artesianos, minipoços e cisternas poderão fazer sua captação até o limite de produtividade do aquífero por 30 dias, a partir desta segunda-feira (4). Quem optar pela utilização de águas subterrâneas deverá cessar ou reduzir ao máximo a utilização do consumo de água do sistema público de abastecimento.

Segundo a secretária Andréa Vulcanis, a medida foi necessária por conta da falta de previsão de chuvas consistentes nos próximos dias. “O déficit de chuvas que estamos registrando poderá agravar a situação de criticidade dos rios Piancó e Caldas nas próximas semanas, por isso prorrogamos as determinações do mês passado para que o abastecimento humano em Anápolis fosse priorizado”, afirma.

O baixo volume nos rios que abastecem Anápolis deixaram diversos bairros sem água no início de outubro, prejudicando, inclusive, a captação do Distrito AgroIndustrial de Anápolis (Daia), que foi autorizado a captar mais água subterrânea.

Com o período chuvoso instável, as equipes técnicas estão em alerta máximo para qualquer tipo de providência necessária para minimizar os problemas causados pela redução nos índices de vazão das bacias hidrográficas do Estado.