A ativista ambiental Greta Thunberg, 21 anos, gerou repercussão internacional ao criticar a escolha do Azerbaijão como sede da COP29, a conferência climática da ONU. O país, que depende fortemente da indústria de petróleo e gás, foi descrito por Thunberg como um “petroestado autoritário”.
Em um protesto em Tbilisi, capital da Geórgia, ela classificou a escolha do Azerbaijão para a conferência climática como “absurda”, conforme publicado pelo The Washington Post. Devido à decisão, Thunberg optou por não participar da conferência, como já fizera em 2023, quando o evento ocorreu nos Emirados Árabes Unidos, outro grande exportador de combustíveis fósseis.
Mukhtar Babayev, ministro de Ecologia e Recursos Naturais do Azerbaijão, preside a COP29 e enfrenta críticas por seu vínculo com a estatal petrolífera do país. A escolha do Azerbaijão como anfitrião reacende o debate sobre a influência dos países produtores de petróleo na política climática global.
COP30
Em contraste, a COP30 será realizada no Brasil, em Belém, em novembro de 2025, onde a Amazônia estará no centro das discussões. No ano passado, na COP dos Emirados Árabes Unidos, foi formada uma aliança inédita entre os Emirados, Azerbaijão e Brasil, denominada “troica”, com o objetivo de colaborar para garantir a continuidade das conferências e fomentar metas climáticas mais ambiciosas.
Na ocasião, quase 200 países assinaram um documento visando a redução do consumo de combustíveis fósseis, um passo crucial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima
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