Os professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) entraram oficialmente na greve nacional dos servidores federais da educação nesta terça-feira (7). A paralisação que começou em 11 de março com os Técnico-Administrativos da Educação ganhou força com a adesão das escolas e institutos federais em 3 de abril e das universidades federais no dia 15 de abril.

A diretoria do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal de Goiás (Adufg-Sindicato) se reuniu com a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, na segunda-feira (6), para  discutir “questões relacionadas à greve deflagrada pela categoria docente”, informou o sindicato. 

Angelita Lima encaminhará ao Adufg-Sindicato uma lista de serviços essenciais que funcionarão durante a greve. Mas o documento passará por avaliação da comissão de mobilização da greve.

“Processo democrático”

Em relação a paralisação, Angelita Pereira de Lima garantiu que a reitoria não irá enfraquecer a mobilização dos professores. “Reconhecemos a greve como parte do processo democrático e entendemos que há demandas legítimas dos docentes”, disse. 

Presente na reunião, o diretor financeiro da UFG, Romualdo Pessoa, destacou que a greve é um “instrumento de luta” e que todos na reitoria da universidade estão “atentos para garantir que a categoria seja respeitada neste momento tão importante para a luta”, afirmou. 

Assim, na reunião ficou acordado entre a reitoria e o Adufg-Sindicato que os professores não são obrigados a informar aos alunos via Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa), sistema interno da universidade, a sua adesão pessoal ou não ao movimento.

Mobilização

A mobilização é o tema central do sindicato neste momento. O resultado apertado do plebiscito mostrou que não há consenso sobre a greve nacional entre os professores da UFG. Por isso, a adesão dos docentes ou não é importante para a sequência do movimento grevista do sindicato.

Informações de estudantes da universidade indicam que alguns professores que são contra a greve não irão aderir a paralisação e, portanto, seguirão com as aulas normalmente. Entretanto, a situação desencadeou protestos dos alunos por apoiarem a causa dos docentes ou porque querem que o calendário esteja sincronizado.

O Sagres Online recebeu imagens do protesto de estudantes da Faculdade de História (FH) na manhã desta terça-feira (7). As fotos mostram que os discentes colocaram cadeiras nas portas das salas de aulas e no corredor para impedir os professores de darem aula. Assim, o movimento está crescendo nas unidades, com notícias de que a maioria dos estudantes de ao menos 30 cursos já apoiam a greve dos docentes da UFG.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 04 – Educação de qualidade.

Leia mais: