O projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional que autoriza a internação obrigatória de dependentes químicos não foi muito bem recebida pelo presidente do grupo ajudantes anônimos no combate à dependência química, Eurípedes Cipriano. O presidente do AJA em Goiás afirmou que a melhor forma de combater a dependência química é aprimorar os equipamentos públicos.

“Eu não acredito em nada forçado, e outra coisa, hoje nós temos que melhorar os equipamentos públicos para atender à problemática da dependência química, que infelizmente generalizou. É válida a internação involuntária? Sim, pode atender alguns casos, mas eu acredito que o trabalho maior deveria ser na abertura de novas vagas, locais para internação, e a comunidade que tem necessidade”, relata.

Outro ponto do projeto de lei prevê o aumento da punição aos traficantes de drogas, sejam eles grandes ou pequenos. Atualmente a pena para o traficante é de 5 a 15 anos em regime fechado. Com a sanção da nova Lei, o tempo de condenação iria de 8 a 15 anos. Quanto ao ponto que reserva 3% das vagas de trabalho de obras públicas para ex-usuários de drogas em tratamento, o presidente Eurípedes Cipriano acredita que essa é uma forma de reinserção social.