A corrida pela compra das vacinas contra a Covid-19, apontada como a única solução para a pandemia causada pelo coronavírus, tem feito os gestores estaduais e municipais se movimentarem. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, em entrevista ao Sagres Sinal Aberto, afirmou que está na expectativa de celebrar um contrato para o fornecimento de doses para o município da Região Metropolitana. “Com 400 mil doses eu resolveria o problema da minha cidade”.

O prefeito foi questionado se a operação da compra das vacinas vale o risco do Governo Federal confiscar as doses, assim que elas adentrarem o país e respondeu que sim. “Nós não temos outra saída. Se tivéssemos, obviamente, nós íamos tentar, mas a que nós temos agora é essa e estou na expectativa de adquirir [as 400 mil doses]”.

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Mendanha afirmou que ao vacinar toda a população de Aparecida diminui a fila no Estado de Goiás. “Eu participei no final de semana com o governador [Ronaldo Caiado] de algumas discussões, que tem uma defesa muito contundente ao Plano Nacional de Imunização (PNI), mas como eu trato de município, eu estou buscando, não é rivalizar, pelo contrário, acho que é somar esforços. Porque se Aparecida consegue imunizar 400 mil pessoas, são 400 mil pessoas a menos para o Estado imunizar”.

Sobre o fechamento das atividades não essenciais, o prefeito de Aparecida reconheceu que o correto é ficar 14 dias fechados, mas que, para dar resultado, precisa da cooperação de todos. Relatou que a taxa de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ainda está alta e que foram muitos óbitos nos últimos dias.

Porém, Gustavo afirmou que a abertura ou a continuidade do fechamento será decidido na próxima reunião com os prefeitos, que deve ocorrer amanhã. Ele ainda contou que o critério estabelecido para o retorno das atividades, que prevê que a ocupação dos leitos de UTI tem que ficar abaixo dos 70% por cinco dias não foi discutido na reunião para a elaboração do primeiro projeto. “Nós temos que trabalhar juntos, não adianta fazermos um decreto e as pessoas não cumprirem. Se a gente tiver integração, nós vamos conseguir fazer as coisas acontecerem”.