Hailé Pinheiro (de verde) e Marcelo Almeida (à esquerda) observam início das obras de ampliação na Serrinha (Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)

Enquanto a equipe de Ney Franco se prepara para a estreia na Copa Sul-Americana nesta terça-feira (11), contra o Sol de América-PAR, na região metropolitana de Assunção, às 21h30, o Goiás iniciou a reforma da arquibancada leste do Estádio Hailé Pinheiro. A estrutura atual será demolida e substituída por uma estrutura nova com capacidade entre 6 e 7 mil lugares. Hailé Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo esmeraldino, foi entrevistado de forma exclusiva pelo repórter André Rodrigues, da Sagres 730.

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Sobre o objetivo de quando espera estrear a nova estrutura, Hailé afirmou que “se tudo correr bem, vai ser no dia 12 de maio. Começamos hoje com um tempo chuvoso, mas essa obra é definitiva, não é um ‘puxadinho’. A área será toda coberta, com cadeiras e banheiros de alta qualidade. Vamos ter que transferir provisoriamente as cabines para o lado oeste, porque com a obra não será possível transmitir daqui, mas estamos esperançosos. O que nos entusiasmou muito é que o Atlético vai mandar os seus jogos no (estádio Antônio) Accioly. O Adson (Batista) é muito inteligente. Os chineses fizeram um hospital em 10 dias, por que não podemos fazer uma arquibancada em 45? Vamos tentar”.

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<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Apitou… Começou!!!<br>Obras de ampliação no Estádio Haile Pinheiro começaram nesta segunda-feira. <a href=”https://twitter.com/goiasoficial?ref_src=twsrc%5Etfw”>@goiasoficial</a> quer jogar o Brasileirão em casa.<br><br>? André Rodrigues <a href=”https://t.co/hx4cKfPOU4″>pic.twitter.com/hx4cKfPOU4</a></p>&mdash; Charlie Pereira (@charliepereira_) <a href=”https://twitter.com/charliepereira_/status/1226858717557248001?ref_src=twsrc%5Etfw”>February 10, 2020</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
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Segundo o dirigente, a motivação para a reforma é um somatório de várias razões. “O Serra Dourada é um estádio que envelheceu, a reforma precisa ser radical. Vai ter que aproveitar o espaço da geral para fazer arquibancada e camarote, então não acredito que o Governo, que tem tantas obras prioritárias, vai investir no Serra Dourada. No ano passado, o Goiás gastou 4,5 milhões para ‘passar um batom’. Este ano, a CBF não vai aprovar o Serra Dourada, porque a iluminação é uma vergonha, uma boate. Vocês vão ficar impressionados com a iluminação que vamos ter aqui no dia da inauguração. Vai ser a melhor iluminação do Brasil. Aqui vai virar dia, um dia sem chuva e com o sol brilhante”, ressaltou.

Entre outros pontos de destaque, Hailé Pinheiro também garantiu que pretende realizar grandes jogos na Serrinha, a exemplo de equipes como Flamengo e Corinthians, que têm grande apelo em Goiânia. “Aqui vai acontecer o seguinte: o estádio vai caber 14 mil pessoas. Vai ser 14 mil sócios, quem não for sócio fica de fora. Agora, parece que a CBF exige que dê 10% para o visitante. Daremos os 10%, são 1,4 mil lugares para os flamenguistas e eles vão pagar ingresso caro”, explicou.

Nesta terça-feira (11), o Goiás volta a jogar pela Copa Sul-Americana. Sobre a experiência internacional em 2010, quando disputou a final contra o Independiente-ARG, em Avellaneda, na região metropolitana de Buenos Aires, Hailé relatou diversos problemas, em que “assaltaram nosso hotel, fui roubado tudo o que tinha”, enquanto na chegada ao estádio “eu estava dentro do ônibus, o governador do estado naquela época também, o Marconi (Perillo). Se não dou um empurrão no Marconi, ele ia levar uma tijolada na cabeça e talvez nem estivesse vivo hoje. Se tivéssemos ganhado aquele jogo, não sairíamos vivo de lá”.

Ganhar a Sul-Americana, segundo o dirigente, “é difícil, o Goiás ainda não está com o time formado. Estamos lançando jogadores todos os dias, que vocês da imprensa nem conheciam. Tem o risco, então ainda não podemos contar a vitória de maneira alguma, até um empate lá pode ser um bom resultado. Estamos com um time melhor, mas isso não significa nada no futebol. Até agora no Campeonato Goiano ainda não fizemos nenhuma grande exibição. Normalmente o treinador não forma o time da noite para o dia, não tivemos pré-temporada, as contratações foram muito tardias”.

Questionado pelo repórter André Rodrigues sobre seu maior desejo para 2020, tendo apenas uma opção entre chegar na final da Sul-Americana, a final da Copa do Brasil ou uma vaga na Libertadores pela Série A, Hailé destacou que “para não dar muito trabalho para Deus, a final da Sul-Americana. Já estaria muito bom, seria uma realização muito grande, quase que impossível. O futebol é poder econômico, ninguém vai vencer o Flamengo. Tem jogador lá que ganha R$ 1,5 milhão por mês, são R$ 50 mil por dia. Sabe quanto ganha um desembargador? R$ 30 [mil] por mês, ele ganha R$ 50 mil por dia, isso é chocante”.

“O Bruno Henrique ganha 1,3 milhão, quando busquei no Itumbiara não ganhava nada e no Goiás ganhava 12 mil. O Michael começou agora com 420 e o Flamengo ainda investiu 40 milhões nele. Então, sem poder econômico não tem futebol. Esses clubes pequenos, como os do futebol goiano, são heróis, lutando para sobreviver por migalhas e pedindo ajuda de prefeitura. Você vê o Goiânia, que teve tantas glórias no futebol goiano e hoje está nessa situação. E isso porque ainda tem meia dúzia de idealistas, se eles forem embora acaba o Goiânia. O Goiânia viveu quando tinha Joaquim Veiga Jardim, aí acabou. É muito triste, e o Goiás precisa ter cuidado para amanhã não virar um Goiânia também”, completou.

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Foto: Rosiron Rodrigues/GEC