O deputado estadual Henrique Arantes (PTB) afirmou nesta sexta-feira (21) que é preciso adotar um tom de cautelar ao se analisar o futuro político de pessoas citadas e  delações de ex – executivos da empreiteira Odebrecht, ou em outros depoimentos, envolvidos na Operação Lava Jato.

De acordo com informações apuradas pelo Jornal O Estado de São Paulo, entre os investigados estão 29 senadores e 42 deputados federais, incluindo os presidentes da Câmara e do Senado – como mostram as 83 decisões do magistrado do STF. Os goianos Marconi Perillo (PSDB), Iris Rezende (PMDB), Sandro Mabel, Demóstenes Torres, o ex-prefeito de Trindade, Ricardo Fortunato, Daniel Vilela (PMDB) e o pai dele, Maguito Vilela (PMDB), aparecem na relação. 

Iris Rezende e Demóstenes Torres estão sendo investigados pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Ricardo Fortunato e Sandro Mabel estão sendo investigados pela Justiça Federal. Marconi Perillo será investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), órgão que possui competência para julgar os líderes do Executivo estadual.  

Segundo o deputado Henrique Arantes, não se pode condenar antecipadamente nem políticos da base do governo, nem mesmo os nomes da oposição. “Tratam essas delações com um interesse muito maior do que deveria ter e já fazem um julgamento público de imediato sem dar chances de defesa. Nesse caso a pessoa é obrigada a provar sua inocência e não a justiça a provar que ela é culpada. A condução está sendo feita de forma errada e nociva para a democracia”, pontua o parlamentar.

Com informações do repórter Rubens Salomão

Confira a entrevista na íntegra:

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