A vitória por 2 a 0 diante do Formosa, em amistoso realizado no último sábado, contribuiu para espantar um pouco as nuvens de desconfiança que pairam sobre a Toca do Tigre. Além de melhorar o clima que pesou ainda mais após a derrota para o Luziânia, a partida diante do Formosa revelou evolução no time colorado, principalmente no setor ofensivo.

De acordo com o técnico Heriberto da Cunha, o resultado positivo é reflexo do crescimento no nível de rendimento dos atletas, resultado que já era esperado pela comissão técnica. “Essa evolução faz parte do treinamento. No jogo do Luziânia, nós tínhamos passado por uma semana muito dura de trabalhos físicos e os jogadores sentiram essa fadiga durante o jogo. Agora a capacidade física dos atletas está melhor e passamos a trabalhar a parte tática também” revela Heriberto.

A boa atuação dos jogadores rendeu elogios individuais do comandante colorado, que fez questão de ressaltar o desempenho do atacante Roberth, ainda uma grande incógnita. “Ele tem uma característica interessante, que é de segurar a bola no ataque. Isso possibilita a chegada dos meias para ajudar na construção da jogada, é um diferencial e é muito importante ter um atacante assim na equipe”, destacou o técnico.

Assim como Roberth, entrou em campo também o meia Erivélton, outro reforço desconhecido da torcida Vilanovense. Observando de perto o jogador, Heriberto percebeu qualidade no jogo do meia e elogiou o seu toque de bola, porém, revelou que ainda falta uma certa dinâmica para Erivélton encaixar seu futebol com a equipe. “São detalhes que se resolverão com o decorrer das partidas. Com o tempo ele cria a sensibilidade de quando tem que cadenciar e quando tem que articular mais velocidade”.  

Apesar dos elogios, o técnico manteve os pés no chão, não escondeu as falhas da equipe e declarou que ainda há muito que melhorar, como por exemplo, no setor de meio de campo, onde de acordo com ele, a equipe sofre com a falta de dinâmica e velocidade.

A grande preocupação ficou por conta da marcação, onde Heriberto cobrou uma evolução rápida dos jogadores de setor defensivo. “É uma tendência dos times brasileiros ter uma forte marcação, por isso cobro mais. A defesa tem que fazer uma recomposição mais rápida e roubar a bola com mais velocidade. Nós pecamos nesses aspectos, mas são pontos fáceis de corrigir e com os jogos acontecendo tudo vai se acertando”.