As grandes atuações no futebol levam ao ditado de que o “time joga por música”. Por isso, podemos dizer que o ritmo do momento é o tango argentino. A Seleção da Argentina vem convencendo seus torcedores com vitórias e com atuações que chamam a atenção. Nas últimas três competições, a equipe chegou a três finais.

A primeira na Copa do Mundo em 2014, em seguida na Copa América no ano passado e mais uma vez está presente em uma decisão, desta vez na Copa América Centenário. Independente de ter saído derrotado nas outras oportunidades, o time demonstra um futebol de qualidade.

Essa qualidade passa diretamente pelo jogador que foi eleito cinco vezes o melhor do mundo: Lionel Messi. Ele é o maestro da orquestra que ainda conta com atletas que seriam protagonistas na maioria das seleções pelo mundo, como, por exemplo, Mascherano, Higuaín, Aguero e Lavezzi.

Messi quebrou mais um recorde na vitória por 4 a 0 diante dos Estados Unidos na semifinal da Copa América Centenário. O argentino balançou as redes em uma oportunidade e se tornou o maior artilheiro da história da Seleção da Argentina com 55 gols, superando Batistuta.

No momento, ainda é impossível tentar fazer uma comparação entre Messi e Neymar. O camisa 10 do Brasil ainda está longe de chegar ao nível de Messi, tanto pela qualidade, quanto pelo profissionalismo fora das quatro linhas.

Não existe dúvida de que a “safra” de jogadores argentinos supera a do Brasil em qualidade e em vontade em campo. Na mesma competição, a Seleção Brasileira não conseguiu vencer Equador e Peru, tendo sido eliminado ainda na primeira fase.

O futebol argentino não é um espelho para o futebol brasileiro. Os problemas fora de campo existem nos dois países. O Brasil ainda tem cinco títulos mundiais contra duas conquistas argentinas. Mas não há como negar que o futebol apresentado pela Argentina nos últimos anos supera (e muito) as exibições brasileiras.