Foto: Luara Ariel/Sagres On

Na noite de segunda-feira, 4, foi realizada a última reunião do Conselho do Vila Nova em 2018. Na ocasião, as contas de 2017 foram aprovadas, com ressalvas, pela maioria dos conselheiros presentes (36 votos a 25).

Após o encerramento, Hugo Jorge Bravo, presidente do Conselho deliberativo, concedeu entrevista à Rádio Sagres 730 e falou sobre a reunião, destacando a presença de várias figuras importantes do clube, como os ex-presidentes (Ovídio Martins, Paulo Diniz, Sizenando Ferro, entre outros) que estiveram presentes. 

“Avalio como sensacional a presença de grande quantidade de conselheiros. Demonstra que o pessoal, realmente, se preocupa com o Vila Nova. Pessoas importantes, que tem seu nome marcado na história, que a gente guarda boas recordações e boas imagens, então avaliamos como bastante positiva. Em relação ao resultado da votação, valeu o resultado da maioria, com aproximadamente 60% dos conselheiros presentes aprovando as contas com ressalvas, que seriam orientações ao presidente para que ele não repita ato que ele cometeu em 2017”.

Questionado sobre qual seriam as ressalvas, preferiu não entrar em detalhes. “É questão de ímpeto interno e já foi superada, orientada e agora é bola para frente”. O dirigente também falou sobre as contas de 2018, que ainda não foram completadas e analisadas. “As contas tem sido encaminhadas ao COF, ainda não foram aprovadas, mas há um indicativo que esteja entre os parâmetros que a gente espera”.

União no clube

Questionado se acredita que, atualmente, o Vila Nova está mais unido, Hugo Jorge Bravo destacou que os insucessos no Tigre não acontecem por diferentes pensamentos internos ou por culpa da chamada oposição.

“Eu fico vendo comentários na imprensa e vamos largar de hipocrisia. União não tem nem dentro da sua casa. Sempre tem um primo, um tio desgarrado (afastado). Pode olhar qualquer um que está ouvindo (ou lendo) e ver se na família dele não tem esse tipo de problema. Temos de largar de hipocrisia. O problema do Vila é que, sempre que tem um fracasso, coloca-se a culpa na oposição. Nós não somos oposição, temos divergências de pensamentos. Um verdadeiro gerente de crise, que o presidente deve ser, tem de aproveitar essas divergências de pensamentos em benefício do clube. Então temos de cessar com essa hipocrisia, pois isso tem em qualquer clube de futebol. Tem times que subiram, como o Fortaleza e nosso arquirrival, e todos têm suas divergências internas. O problema do Vila é que, quando tem um fracasso, não é porque não acertou no atacante, porque o planejamento não foi bem realizado, a culpa é a oposição”.

“Me consideram oposição, mas poxa, se um dia eu for presidente do Vila, e eu tenho vontade de ser, se brincar coloco meu nome à disposição no próximo pleito, meu sonho é ter oposição igual a minha. Uma oposição que nunca atrapalhou em contratação, que toda vez que fui demandado, o presidente não pode dizer que não foi atendido. Nunca fui convidado para ir na sala do presidente, mas nem por isso fiquei criando tumulto, nem forçando a barra dentro do clube. O que eu penso é que o Vila precisa ter, primeiro, um norte, da sua diretoria executiva, do seu presidente, de onde quer chegar e do caminho que vai fazer para chegar naquele objetivo naquele ano, sem esquecer que o clube não se resume a um mandato de um presidente, que é uma continuidade”.