Após a vitória do Vila Nova e os 45 pontos já garantidos na tabela da Série B, o presidente Hugo Jorge Bravo concedeu entrevista coletiva e afirmou que o time não está matematicamente garantido na segunda divisão, mas que “demos um grande passo e independente do que aconteça, nós estamos vivendo hoje, aqui, um milagre”, disse.

Leia mais: Matheuzinho marca, Vila Nova vence o Cruzeiro e garante permanência na Série B

O dirigente destacou a união de todos do clube no momento difícil que o Vila Nova estava passando, além de citar a “correria” para inscrever alguns jogadores no BID nesta última janela, dessa forma, estendeu os agradecimentos ao presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta.

“É um somatório de boa vontade que chega em um momento desse e faz uma equipe que com 14 pontos virou o turno, vencendo uma partida e está hoje fazendo um segundo turno atingindo 31 pontos e somando 45. Então, nossa gratidão a Deus e a todas as pessoas, principalmente aquelas que estavam próximas de nós”.

Hugo Bravo falou do ambiente interno dos jogadores do Vila Nova, alguns que foram bastante criticados como Wagner e Donato. Outros com experiências de campeão mundial “chorando no vestiário”, no caso de Ralf. Para evidenciar o feito vilanovense, o presidente externalizou que por conta das dificuldades econômicas, o pagamento para os atletas que seria no dia 10 ainda não foi feito, mas mesmo assim, conseguiram dar a volta por cima.

Leia mais: Comentaristas da Sagres analisam a vitória que garante o Vila Nova na Série B 2023

Um dos responsáveis para essa grande subida de rendimento é o técnico Allan Aal, elogiado por torcida, clube, imprensa. O diretor de futebol do Vila Nova, Frontini, revelou que há uma cláusula no contrato do treinador que prevê a renovação automática em caso de permanência. Perguntado sobre esta situação, o presidente colorado disse: “o que o Frontini falar é o que tá falado”.

Em relação as críticas recebidas durante todo o ano, o dirigente ressaltou que é normal receber cobrança, mas tem a forma, o jeito certo de ser feita e também quem faz.

“Minha esposa me disse que eu precisava passar pelo que passei aqui esse ano, que eu precisava ser xingado. Não convém aqui eu dizer o que eu penso, quem tá lá (torcedor) não paga para poder xingar os outros, paga para assistir, cobrar […] Estamos na ajuda do clube há 18 anos, desde 2003 eu ajudava a base, então isso para mim é o que importa. Não faço nada pelos outros, faço pelo Vila e por mim”.

“Nos outros clubes o presidente recebe para aguentar essa encheção de saco. E mesmo sem receber eu acho que a gente faz um trabalho melhor do que os que recebem”, frisou.

Para ele, o que mudou ou continuou acontecendo para confiar na permanência, além do trabalho da comissão técnica e jogadores, o importante foi “não desesperar no caos”.