O Atlético Clube Goianiense perdeu para o Santos por 3 a 2, nesta quarta-feira (2), no Antônio Accioly, e se complicou na luta contra o rebaixamento. O Dragão até vencia o Peixe por 2 a 1, mas no segundo tempo sofreu dois gols, sendo o empate de uma falha defensiva, e o presidente Adson Batista lamentou os ocorridos.

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“A situação ficou muito ruim, porque nossos concorrentes ganharam os jogos. O Atlético fez o melhor primeiro tempo do campeonato. Depois que a gente deu o gol para o Santos, o time sentiu muito, a carga emocional pesou. Foi um ano de muitos problemas na parte defensiva. Futebol tem que ter equilíbrio em todos os setores. Infelizmente, as trapalhadas aconteceram, passamos por problemas profundos de erros individuais. Estamos pagando por isso”, analisou.

Mesmo com a derrota no último minuto e as vitórias de Coritiba e Cuiabá, as equipes do Paraná e do Mato Grosso se enfrentam e um confronto direto pode ser benéfico para o Atlético-GO. Apesar disso, Adson Batista reconheceu a dificuldade para deixar o Z-4 do Brasileirão.

“Com toda sinceridade, a gente tem que ser realista. Ficou muito difícil, se a gente ganha aqui hoje, continuava em uma situação boa, porque estava tudo um ou dois pontos. Agora é quatro, cinco pontos, então eu sou muito realista e vou continuar sendo verdadeiro. Enquanto tiver chance vamos lutar. As chances diminuíram”, admitiu.

Reconhecendo a dificuldade para se manter na Série A, Adson Batista foi questionado se faria alguma coisa diferente, se pudesse voltar ao passado. Entretanto, o presidente afirmou que não.

“Agora é o momento das pessoas procurarem os culpados. Poderia fazer isso ou aquilo. Ninguém tem bola de cristal, fizemos as coisas certas, nosso time foi campeão goiano com méritos, fizemos duas boas copas, invejáveis para a história do clube. O Brasileiro, infelizmente, emocionalmente o time se abalou em momentos cruciais. Entendemos que algumas coisas poderiam ter acontecido de maneira diferente e vamos sair mais amadurecidos com isso”, opinou.

Em caso de rebaixamento, dirigentes se preocupam com diminuição de receita ou falta de investimento para a temporada seguinte. Todavia, Adson Batista não demonstrou preocupação com a parte financeira com a possível queda.

“Sou um cara pé no chão, não fico aqui pagando 300, 400 ou 500 em um clube emergente, que não pode aventurar dessa forma. O maior salário do Atlético hoje é R$ 150 mil e é poucos que chegam a esse número. Então, estamos trabalhando de maneira consistente, buscando fazer o Atlético crescer de maneira sólida. O Atlético hoje se mantém sem recurso da Série B, não pode esbanjar, tem que saber trabalhar com pouco para voltar à Série A, caso ocorra o descenso”, explicou.