Inovação e sustentabilidade são temas que chegaram com força na agricultura e pecuária. Uma novidade do setor é uma tecnologia brasileira que usa inteligência artificial para ajudar no diagnóstico da mastite e melhorar a eficiência dos produtores de leite.

Laerte Cassoli é CEO da Rúmina, uma plataforma de soluções inovadoras para a pecuária, que criou a Rumi, a inteligência artificial que automatiza o diagnóstico da mastite. “No caso da Rumi, a nossa inteligência artificial, ela é capaz de interpretar uma imagem”, explicou Cassoli. Confira a entrevista completa no Tom Maior:

O diagnóstico sai pela contagem de células somáticas ou exames microbiológicos em laboratórios. A Rumi automatiza o processo porque é uma inteligência artificial que faz reconhecimento por imagem. “A interpretação do resultado é em função da cor que aparece no teste”, contou. 

“Com a inteligência artificial a gente automatizou isso. Então o produtor tira uma foto do nosso teste e por reconhecimento de imagem, a inteligência já fala qual é a cor azul escuro e diz: é a bactéria X. Então a gente automatizou o processo e é um exemplo de inteligência artificial pelo reconhecimento da imagem como uma automação de processo”, explicou.

Mastite

A mastite é um dos maiores problemas que acomete as vacas produtoras de leite. Laerte Cassoli contou que a infecção é causada na glândula mamária das vacas e gera uma série de prejuízos para o produtor de leite. Assim, então, a Rumi auxilia no diagnóstico e também no melhor tratamento indicado para aquele animal.

“Com essa inteligência artificial, que é uma ferramenta de diagnóstico, a gente tem reduzido em média 50% do uso dos antibióticos nos animais e, consequentemente, metade do leite que se descartaria com a fazenda sem a tecnologia. Então, consequentemente, a gente acaba tendo mais leite disponível para o produtor comercializar, vender para a indústria e esse leite de fato chegar ali para o consumidor”, disse.

O leite produzido após o animal ter mastite não pode ser direcionado para o consumo por causa dos resíduos de antibióticos usados no tratamento. A situação, então, gera um prejuízo para os produtores, que terão que descartar sempre o produto.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 09 – Indústria, inovação e infraestrutura.

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