A relação entre aprendizagem e empresa é uma via dupla de conhecimento e oportunidade, que resulta em benefícios para jovens e organizações. De um lado, o jovem recebe a chance de ingressar no mercado de trabalho, e de outro a empresa ganha um novo colaborador com energia e motivação para desenvolver tarefas. Nesta relação, há troca de conhecimento e desenvolvimento de potenciais.

A falta de experiência de um jovem, pode ser suprida pela força de vontade de aprender. Companhias precisam de ideias novas e de pessoas com vontade de fazer a diferença. Jovens acrescentam criatividade, energia, capacidade de solução, conhecimento e diversidade às organizações. No entanto, sua inserção no mercado de trabalho, e principalmente sua permanência, nem sempre é um processo simples.

“Eu vejo que para ambas as partes, tanto para o jovem ingressar no mercado de trabalho, como para a empresa é importante, estar capacitando jovens. O mundo hoje está diferente, e você ter como moldar jovens, dar oportunidade é muito interessante”, disse Milena Tamires Mendes Costa é analista de Recursos Humanos no Porto Seco de Anápolis.

Milena Tamires. Analista de Recursos Humanos do Porto Seco de Anápolis

Para o responsável pelo Escritório de Projetos e Processos da Renapsi, Roberto Silveira de Godoy Pinheiro, quando uma empresa estende a mão para um jovem inserido num programa de aprendizagem, a instituição transmite oportunidades não apenas para determinado jovem, mas também para a família e comunidade que o aprendiz está inserido.

“É preciso saber que é possível se destacar, aprender, ter oportunidade, crescer nas empresas, virar um CEO. Quando acende na cabeça de um aprendiz que as coisas são possíveis e isso ilumina uma família, uma comunidade a acreditar e isso passar a ser um sonho de todos”, avaliou Godoy.

Novo Fôlego

Os jovens funcionários podem trazer novas perspectivas e maneiras diferentes de pensar o crescimento de um negócio. A maioria dos jovens visa aprender, construir sua experiência e aplicar suas habilidades na força de trabalho.

O entusiasmo tem efeitos positivos, pois os mais jovens também lhe darão uma vantagem adicional como chegar ao mercado da geração Y, pois aprendizes estão nesta faixa e entendem como alcançar e se comunicar com o este público-alvo.

Roberto Godoy avalia que o jovem ao entrar numa empresa, tem sede de conhecimento, está motivado a aprender, está com fôlego novo e com bastante motivação, sem o cansaço de uma caminhada.

Roberto Godoy, responsável da área de projetos da Renapsi durante apresentação. Foto: Samuel Straioto.

“Um jovem aprendiz quando entra na empresa, ele acima de tudo é um jovem, e ele é sedento por conhecimento, vai entrar com gás total e fazer ao estilo que a empresa ensinar, analisou Godoy.

Milena Tamires Mendes Costa é analista de Recursos Humanos no Porto Seco de Anápolis, descreveu que entrou na organização como jovem aprendiz e passou por diferentes áreas da empresa. Para ela, o crescimento gradativo fez diferença na caminhada profissional.

Vocação

Outro aspecto importante é o despertar e desenvolvimento de vocações. A gerente de Recursos Humanos no Grupo Josidith, Célia Gomes da Costa, relata que a empresa tem quase 1100 colaboradores.

Boa parte do universo é de ex-aprendizes. Célia relatou que quase 100% dos jovens acabam sendo efetivados pela empresa. Para Célia, é preciso ter muita atenção no desenvolvimento de aprendizes, pois são pessoas que estão se formando.

“É interessante, pois temos aqui quase 100% de contratação dos nossos jovens e esta visão que a Renapsi tem de trabalhar o jovem como profissional e com acompanhamento, é uma importância grande. Estamos falando de um ser humano e estamos trabalhando ele para ser um profissional na empresa, então há uma capacitação e desenvolvimento”, afirmou.

Célia relata que em muitos casos o jovem chega na empresa sem saber o que pretende fazer no futuro. Célia destaca que é importante o despertar e o desenvolvimento de vocações.

“A primeira porta de entrada de jovens que não tem uma percepção do que ele quer para o futuro. E aqui vai trabalhar com profissionais definidos, contadores, psicólogos, administradores, em que há uma referência que pode ser aquilo que ele deseja para o futuro” finalizou Célia.

Valores

Outra dimensão na relação entre empresas e aprendizes é ter a possibilidade de preparar o jovem ao longo da sua trajetória para que assuma responsabilidades maiores e tenha poder de decisão no futuro.

Além de ajuda na fuga de contratações equivocadas, colabora para dar oportunidades dentro da própria empresa. O aprendiz cresce dentro de uma organização revestido de valores, visões e ensinamentos que determinada empresa gostaria de transmitir não apenas ao seu público, mas a sociedade de forma geral.

Rainara Souza. Analista de Recursos Humanos da GSA Alimentos

Rainara Souza Almeida é analista de Recursos Humanos da empresa GSA Alimentos, em Aparecida de Goiânia. Ela entende que a empresa tem o papel de acolher o jovem, pois em muitos casos a própria idade em si resulta em portas fechadas.

Como consequência positiva deste acolhimento está uma pessoa que pode dar além de mais fôlego, maior diversidade de pensamentos e ações. “Hoje, na empresa que trabalho tem aprendizes que foram efetivados, que estão em cargos auxiliares, de direção, a gente vê o desenvolvimento, nos sentimos pertencentes a este crescimento, eles são reconhecidos. É um meio de entrar no mercado e crescer junto com a empresa”, disse Rainara.

Crescimento

Rainara relatou que na empresa que atua, diversas pessoas que ocupam cargos importantes, passaram pela aprendizagem e isso colaborou para que profissionais sejam mais completos, pelo fato de adquirir diferentes visões em uma organização.

“Hoje nós temos aprendizes que passaram por diversas áreas, diversas frentes da empresa e hoje cada conhecimento colaborou para tornar um profissional mais completo”, relatou Rainara.

Equipe da Renapsi em apresentação Foto: Samuel Straioto.

Apoio

Outro ponto importante é que nesta relação entre aprendizes e empresas, há outro ator importante que é a instituição de apoio. A Renapsi, não apenas faz o processo de seleção e encaminhamento, mas também auxilia e dá o suporte tanto para a empresa, quanto para o colaborador.

“Acredito que seja fundamental na construção do aprendiz como profissional, a Renapsi fornece uma forma assertiva, quando há alguma dificuldade, seja por questões de comportamento, ou algo pessoal do aprendiz, a instituição está lá com esse apoio muito forte e isso é muito importante” completou Rainara.

Juan Carlos Moreno, CEO da Renapsi. Foto: Samuel Straioto.

Roberto Silveira de Godoy disse que a Renapsi o apoio é importante para que ninguém se sinta que está isolado. “Eles não estão sozinhos. Sempre tem alguém para dar o apoio, o suporte necessário, oportunidade, vejo a Renapsi com esse trabalho de que é possível e que as pessoas não estão sozinhas”, destacou.

Roberto Godoy e Estevão Andrade, em apresentação da Renapsi. Foto: Samuel Straioto.

Neste caso, há um suporte de uma rede de analistas de acompanhamento, assistentes sociais e psicólogas sociais, que interagem com o superior imediato do colaborador na empresa e com seus familiares, ajudando no crescimento pessoal, com suporte em sua formação como profissional e cidadão.

Leia mais: